minaDepois de completado mais um dia de greve na Somincor, em que ficou confirmado que os trabalhadores estão a realizar uma grandiosa luta, a administração decidiu optar pela ilegalidade e avançou com medidas que configuram lock-out, proibido na Constituição e na lei. O STIM accionou a intervenção da ACT e persiste na luta (com nova greve a iniciar-se às 6 horas desta sexta-feira) para uma solução negociada do conflito laboral.

O sindicato, numa nota hoje divulgada à comunicação social, recorda que a luta dos trabalhadores das minas de Neves-Corvo (Castro Verde) assumiu expressão de greve, das 06H00 do dia 22 de Dezembro às 6 horas do dia 23 e das 6 horas do dia 27 às 6 horas de hoje, dia 28. A paralisação repete-se das 6 horas do dia 29 às 6 horas do dia 30.

A administração, primeiro, emitiu um comunicado em que ameaçou não proceder ao pagamento dos dias intercalados em que os trabalhadores não realizam greve, o que é ilegal e já levou, por exemplo, à condenação da Petrogal em sucessivas instâncias. Para além disso, hoje avançou com lock-out, que, claramente, é proibido por lei. O sindicato denunciou esta situação à delegação de Beja da ACT e esta enviou inspectores ao terreno para apurar os factos.

O STIM reafirma que a luta dos trabalhadores é justa e continuará até que se encontre uma solução negociada para este conflito.

Solução com verdade

A verdade é o primeiro passo para a solução, destaca o STIM, num comunicado aos trabalhadores da Somincor, sobre o actual momento na empresa, reafirmando total disponibilidade para a negociação.

O sindicato saúda a grande luta desta gente de coragem e determinação. Salientando que de nada vale à administração prosseguir no caminho da mentira e da tentativa de deturpação dos factos, assinala-se quatro pontos:

- Não há, nem nunca houve nenhum acordo ou pré-acordo, com o STIM, para aplicação de nenhum horário;

- Apenas 17 trabalhadores estão disponíveis para aceitar o horário que a empresa pretende impor;

- A resposta da administração à proposta dos trabalhadores da lavarias e outras áreas para antecipação da idade de reforma está muito aquém do reivindicado;

- Às demais propostas dos trabalhadores, a resposta é, até ao momento, claramente insuficiente.

 

28.12.2017

Fonte: FIEQUIMETAL