Os trabalhadores nos cal-centers, backoffice e lojas da PT MEO vão cumprir 2 dias de paralisação a 25 e 26 de Fevereiro.

A luta dos trabalhadores da Manpower persiste há mais de 1 ano em defesa de salários compatíveis com o grau de responsabilidade das suas funções altamente qualificadas, melhores condições de trabalho e integração nos quadros efectivos da MEO, fazendo justiça a milhares de trabalhadores em regime de subcontratação a desempenharem funções permanentes, alguns há quase vinte anos para a PT MEO, mas que se mantêm vinculados a empresas Outsourcing ou Trabalho Temporário.

Durante o ano 2017 os trabalhadores realizaram várias reuniões plenárias e concentrações que culminaram em 4 greves com uma adesão sempre crescente, sendo que a ultima greve realizada no passado dia 13 Novembro alcançou uma adesão de 80% a nível nacional, na qual foram muitos os trabalhadores que pela primeira vez aderiram a uma greve.

Esta determinação e confiança na luta, está a ser seguida com muito entusiasmo por muitos milhares de trabalhadores, aqueles que trabalham para a PT através de outras empresas outsourcing, como por exemplo a Randstad, Talenter, Egor, entre outras, mas também por outros trabalhadores que se encontram nas mesmas condições, com as suas vidas adiadas há muitos anos, trabalhando para outros Operadores, como a Vodafone e a NOS, e outras empresas dos mais variados sectores de actividade, reincidentes no recurso ao outsourcing e trabalho temporário, na busca da exploração de mão-de-obra altamente qualificada e paga com o salário mínimo nacional.

Os trabalhadores, convictos da sua justa reivindicação, na ausência de resposta por parte das empresas, Manpower e PT MEO, cada qual com as suas responsabilidades, iniciaram o ano 2018 com a realização de plenários a nível nacional e decidiram fazer greve nos próximos dias 25 e 26 de Fevereiro.

Sob o lema “a luta que se perde, é aquela que se abandona” os trabalhadores mobilizam-se a nível nacional, confiantes numa grande greve, da qual pretendem dar um sinal muito forte de que não serão os magros salários que a Manpower lhes paga, que virá a ser factor para condicionar ou desmobilizar a luta , pelo contrário, a recusa do dialogo por parte das empresas, está a originar um clima de crescente descontentamento e desmotivação, transversal a todos os locais onde os trabalhadores se encontram em serviço, reforçando a mobilização e a confiança na defesa de uma proposta reivindicativa que continua completamente actualizada e possível de ser concretizada, caso haja o bom senso em reconhecer a importância urgente de valorizar o empenho destes milhares de trabalhadores que todos os dias, muitos anos seguidos, lhes presta serviço de alta qualidade.

NO PORTO, OS TRABALHADORES VÃO ESTAR CONCENTRADOS FRENTE AOS ESCRITÓRIOS DA MANPOWER, ENTRE AS 11H30 E AS 14H00.

No dia 26, segundo dia de greve, entre as 11h30 e as 14h00, os trabalhadores vão estar concentrados numa acção de protesto frente aos escritórios da Manpower, sito no Centro Comercial - Porto Gran Plaza, sito na Rua Fernandes Tomás, 508, no Porto.

O local escolhido pelos trabalhadores para manifestarem o seu protesto e descontentamento pelo dia em que celebraram um contrato com a Manpower que os vinculou a um compromisso que, pela parte da empresa, nunca teve a merecida correspondência e respeito por quem lhes presta serviço altamente qualificado e pago em regra com o salário mínimo nacional.