Nos armazéns da Sonae MC e Plaza 1, na Azambuja, as chefias ligaram para os trabalhadores que estavam em gozo de férias para irem trabalhar no passado dia 12 de Setembro, dia de greve do sector das empresas de distribuição, e que o dia seria pago a 50 euros, denunciou o O CESP - Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal.

Outros trabalhadores foram aliciados para fazerem dois turnos seguidos a troco de mais 100 euros. Mais grave ainda, houve chefias que ameaçaram trabalhadores antes do dia de greve: caso fizessem greve iriam perder o prémio (no armazém Sonae Plaza 1), bem como o cabaz no valor de 50 euros (no armazém Sonae MC).

Para o sindicato, a Sonae desrespeita mais uma vez a lei e a importante responsabilidade social que supostamente tem. “Demonstrou uma vez mais que não saber viver bem com os direitos dos trabalhadores, nomeadamente com o direito fundamental que é o direito à greve, quando procedeu ilegalmente à substituição de trabalhadores.”

“A injustiça que é feita aos trabalhadores dos armazéns da Sonae é vergonhosa”, afirma o CESP, que dá o exemplo dos trabalhadores com mais de 15/20 anos de casa e recebem o salário mínimo nacional, 580 euros.

“As vendas das unidades de retalho da Sonae cresceram 6,9% em 2017, para 5554 milhões de euros, atingindo valores recorde nas divisões alimentar, na Worten e na Sports & Fashion. Pela primeira vez, as vendas da Worten ultrapassaram o marco dos mil milhões de euros e as vendas online do retalho atingiram os 100 milhões de euros, divulgou a empresa junto da Comissão de Mercado de Valores Imobiliários.” In Dinheiro Vivo 24.01.2018

O CESP já fez chegar às autoridades competentes a denúncia da violação ocorrida no dia de greve e irá continuar a reforçar a luta pelas justas reivindicações dos trabalhadores assim como pela salvaguarda dos direitos fundamentais dos trabalhadores.

FONTE: CESP