Os trabalhadores das logísticas do grupo Sonae estão em greve hoje, 31 de 0utubro, e fazem concentrações junto sede da Sonae, na Maia, Porto, às 8h15, e da Sonae MC, em Carnaxide, Lisboa, às 10h30.

Estes trabalhadores dos armazéns de logística do Grupo Sonae, que diariamente garantem o abastecimento das lojas Continente, Worten e muitas outras, manifestam o seu enorme descontentamento pela ausência de respostas da empresa às suas reivindicações.

Exigem:

• A progressão automática dos operadores de armazém até ao nível VIII (operador de armazém especializado) – estes trabalhadores têm salários inferiores e carreira profissional em níveis mais baixos na tabela salarial que os trabalhadores das lojas;

• Actualização dos salários com aumento mínimo de 40€/mês para todos os trabalhadores – os trabalhadores das logísticas Sonae têm salários de 580€ ou pouco mais, mesmo com muitos anos de antiguidade na empresa;

• Actualização do subsídio de alimentação em 1€/dia para todos os trabalhadores;

• Passagem a efectivos dos trabalhadores com vínculos precários a ocupar postos de trabalho permanentes;

• A negociação do Contrato Colectivo de Trabalho do Sector – a Sonae é vice Presidente da APED – associação patronal do sector;

• A eliminação da tabela B – mais baixa que a Tabela A e praticada em todos os distritos à excepção de Lisboa, Porto e Setúbal;

• Subsidio de frio;

• A manutenção do valor pago por trabalho suplementar, contra a redução do valor das horas extraordinárias;

• Horários de trabalho regulados, fim do banco de horas, pelo direito à conciliação da vida profissional com a vida pessoal e familiar.

Na Sonae, continua a verificar-se a falta de resposta às reivindicações dos trabalhadores. A empresa continua a remeter praticamente todos os assuntos do Caderno Reivindicativo para a negociação do Contrato Colectivo de Trabalho (CCT), não assumindo qualquer compromisso de aumento dos salários e do subsídio de refeição e fazendo-se esquecida de que é vice-Presidente da APED.

A Sonae diariamente acumula lucros milionários. Tem de proporcionar condições de trabalho dignas, valorizar a especialização dos trabalhadores e aumentar os salários de todos sem exigir contrapartidas.

fonte: cesp