IMG 4793Os trabalhadores dos hospitais privados estão hoje em greve, concentrados junto à Associação Portuguesa de Hospitalização Privada. Exigem a revisão e atualização do contrato coletivo de trabalho. O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal denunciou que a associação recusa rever a proposta da tabela salarial.
Direto da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada, em Lisboa. Declarações de Orlando Gonçalves, Dirigente Sindical do CESP
TVI 24

Resolução aprovada pelos trabalhadores:

RESOLUÇÃO

Considerando que:

- A Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) recusa a revisão da Tabela Salarial e põe em causa o direito à negociação do Contrato Colectivo de Trabalho (CCT) em vigor assinado pelo CESP/FEPCES em 2000 e revista em 2001.

- O CCT vigente que se aplica aos sócios do CESP tem inscrito um conjunto de direitos que, neste momento, não estão a ser cumpridos pelos grupos privados de saúde, ao mesmo tempo que pratica valores salariais completamente desfasados da realidade e que não reflectem os lucros gerados por este sector de actividade, prejudicando os Trabalhadores.

Os trabalhadores da Hospitalização Privada em greve, concentrados no dia 28 de Março de 2019 frente à sede da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada, exigem:

· A Negociação do Contrato Colectivo de Trabalho sem perda de direitos e sem adaptabilidade

· O Aumento dos Salários de todos os Trabalhadores

· O cumprimento de todos os direitos inscritos no CCT em vigor

Os trabalhadores reunidos decidem ainda:

· Mandatar o CESP para prosseguir e intensificar a luta dos trabalhadores da Hospitalização Privada, caso a APHP não satisfaça as suas justas reivindicações para valorizar os trabalhadores e avançar nos direitos nomeadamente no que se refere a promoções automáticas por antiguidade; ao pagamento de diuturnidades, ao direito aos Feriados obrigatórios na terça-feira de Carnaval e feriado municipal da localidade; que sejam garantidos 2 dias descanso semanal, sendo o sábado e ou domingo, pelo menos, em cada período de 4 semanas; o pagamento trabalho suplementar acrescido de 100% se for diurno; o pagamento de trabalho nocturno com um suplemento de 50% e que o trabalho em dias de descanso ou feriado seja acrescido em 200% e direito a gozar um dia de descanso, o combate à precariedade fazendo corresponder um vínculo efectivo a todos os trabalhadores a ocupar postos de trabalho permanentes.

· Participar, levando estas reivindicações, na Grande Manifestação Nacional da Juventude, convocada pela CGTP-IN/Interjovem que se realiza, hoje, com concentração às 15 horas, no Rossio em Lisboa.

Lisboa, 28 de Março de 2019

Os Trabalhadores da Hospitalização Privada