Os enfermeiros do agrupamento de Centros de Saúde Almada-Seixal (ACES AS) estarão em greve no dia 1 de Agosto e irão manifestam-se à porta do centro de saúde de Amora para exigir que o Atendimento Complementar (AC) realizado aos fins-de-semana e feriados seja realizado e remunerado como trabalho extraordinário.

Desde Dezembro de 2018 em protesto contra o tratamento discriminatório de que são alvo, os enfermeiros do ACES AS reivindicam que o Atendimento Complementar (AC) que é realizado aos fins-de-semana e feriados seja realizado e remunerado, como trabalho extraordinário, tal como acontece com os restantes profissionais do ACES Almada Seixal e nos restantes ACES da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT).

Desta forma e tal como acontece nos restantes ACES, os enfermeiros pretendem que o seu Período Normal de Trabalho semanal (35 horas) seja dedicado exclusivamente à actividade assistencial aos seus Utentes.

Na verdade, os enfermeiros, mas também os Utentes deste ACES têm sido penalizados e discriminados, pelo “jogo do empurra” entre os responsáveis do ACES e a tutela directa, o Conselho Directivo (CD) da ARSLVT, que já levou à demissão do anterior Director Executivo (DE) do ACES AS.

Em reunião com o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) realizada em 17 de Maio com o CD da ARSLVT, o respectivo presidente (Luís Pisco) assumiu que esta situação era incompreensível, dado que era única e que seria ultrapassada pelo novo DE, que entretanto seria empossado.

Contudo o novo DE do ACES AS (Alexandre Tomás), assumiu uma posição de retrocesso em relação ao seu antecessor, o que agravou a indignação dos enfermeiros.

Como factor agravante, o DE demonstrou uma atitude incoerente em relação aos enfermeiros das Unidades de Saúde Familiar, modelo B, que estão a ser coagidos a aumentar o seu horário de trabalho para 40 horas (sem qualquer compensação), alegadamente, por serem necessárias mais horas assistenciais aos seus Utentes!

Perante o arrastamento desta situação que classificamos de incoerente, injusta e discriminatória, que tem penalizado sobretudo os Utentes, os enfermeiros decidiram denunciar e manifestar publicamente a sua indignação. Exigem que o DE e o Presidente do CD da ARSLVT, se entendam e resolvam imediatamente este diferendo.

Os enfermeiros estarão concentrados a partir das 11 horas do 1 de Agosto, frente à Sede do ACES, no Centro de Saúde de Amora, tendo informado e convidado os seus utentes a marcarem presença, contra a discriminação e penalização a que também têm estado sujeitos, por estes responsáveis institucionais.

FONTE: SEP