melia bragaO Hotel Meliã Braga, com a classificação turística de 5 estrelas, explorado pelo grupo Hoti Hotéis, proibiu uma reunião de trabalhadores que o sindicato tinha convocado para o dia de hoje.

Face a esta proibição, o sindicato viu-se obrigado a realizar uma ação de contacto com os trabalhadores à porta do hotel, que teve lugar ontem entre as 7 e as 9 horas.

Nesta ação, o sindicato tomou conhecimento que o hotel não cumpre a contratação coletiva, designadamente no que toca ao trabalho prestado em dia feriado e em dia de descanso semanal, trabalho suplementar prestado em dia útil, carreiras profissionais, abonos de falhas, prémio de línguas, subsídio de alimentação nas férias, tabela salarial e outros direitos.

Há trabalhadores designadamente as empregadas de andares, limpeza e copa que recebem apenas o salário mínimo nacional, quando a contratação coletiva em vigor prevê salários bem superiores.

Recorde-se que o Hotel Meliã Braga está completamente cheio, como aliás todos os hotéis de Braga.

A Região Norte é a que mais tem crescido nas dormidas e proveitos nos últimos 7 anos de sucessivo crescimento.

Segundo os dados do INE divulgados dia 14 de agosto, o setor do alojamento turístico em Portugal registou 12,1 milhões de hóspedes e 30,5 milhões de dormidas no primeiro semestre de 2019, o que significa um aumento de 7,6% e 4%, respetivamente.

Também os proveitos cresceram 7,6% nos primeiros seis meses de 2019 registando 1.781,9 milhões de euros.

No mês de junho registou-se 2,7 milhões de hóspedes e 7,1 milhões de dormidas, o que significa um aumento de 9,7% e 5,6% respetivamente em relação ao mês de maio. No Norte o aumento foi de 11,7%, em relação a maio.

Os proveitos aceleraram e apresentaram, no total, um crescimento de 11,8% (+4,7% em maio), totalizando 466,0 milhões de euros.

Os proveitos de aposento (351,6 milhões de euros) cresceram 12,1% (+4,3% no mês precedente).

O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 62,5 euros (+6,5%) e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) ascendeu a 96,8 euros (+6,2%).

O sindicato não pode deixar de denunciar publicamente estas ilegalidades e já comunicou a situação à Autoridade para as Condições de Trabalho.

 

Porto, 29 de agosto de 2019

Fonte: Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte