Face à manifesta intransigência do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI), os trabalhadores decidiram em plenário, mandatar os seus sindicatos a decretar greve para o dia 13 de março.

O sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI), agora designado “Mais Sindicato” que gere os SAMS Sul e Ilhas, comunicou no passado dia 21 de fevereiro aos trabalhadores ao seu serviço que as suas convenções coletivas estavam caducadas.

Escandalosamente, um dos principais sindicatos da UGT decidiu assim utilizar a norma da caducidade que no passado ajudou governo e patrões a colocá-la no Código do Trabalho.

A Direção do SBSI, nunca negociou de boa-fé e nunca demonstrou vontade negocial, ao encerrar sucessivamente e sem qualquer razão ou explicação, todos os processos negociais das convenções coletivas com os sindicatos representativos dos trabalhadores ao seu serviço.

O comunicado agora divulgado assume aquilo que sempre foi o seu único objetivo: acabar com as convenções coletivas e a total retirada de direitos, para passar a aplicar o Código do Trabalho aos trabalhadores do SBSI/SAMS Sul e Ilhas.

Face à manifesta intransigência do SBSI, os trabalhadores decidiram em plenário, realizado a 12 de fevereiro, mandatar os seus sindicatos para decretarem greve para o dia 13 de março.

O dia 13 de março será também de luta e de denúncia pública, desta vergonhosa atitude dos dirigentes do SBSI, que pretendem ser “mais sindicato”, mas que afinal nesta quadra simbólica tiraram a “máscara” e revelaram-se apenas como “mais patronato”.

Face a esta assumida tentativa de anulação dos direitos dos trabalhadores - qualquer respeito pela negociação e pela contratação coletiva - os sindicatos e a Comissão de Trabalhadores do SBSI/SAMS Sul e Ilhas pediram a necessária mediação do governo neste processo, tendo solicitado em 21 de fevereiro uma audiência urgente ao Secretário de Estado Adjunto do Trabalho e da Formação Profissional.

FONTE: Sindicatos e Comissão de Trabalhadores do SBSI/SAMS Sul e Ilhas