hospital portalegreAs trabalhadoras da ITAU que prestam o serviço de refeições (refeitório, bar e a doentes) no Hospital de Portalegre estão a ser ameaçadas com processos disciplinares.

A ITAU, de forma unilateral, confrontou as trabalhadoras com a alteração dos seus horários de trabalho, sem cumprir as normas legais e regulamentares, nomeadamente quanto ao aviso prévio e consulta aos representantes dos trabalhadores.

O novo horário não facilita e causa sério prejuízo à conciliação da actividade profissional com vida familiar de cada trabalhado (art. 212º do Código do Trabalho (CT).

Confrontados com o problema, os responsáveis da ITAU vieram ameaçar com falta injustificada e consequentemente processo disciplinar os trabalhadores que não cumprirem o novo horário.

Este é o mais recente episódio das muitas afrontas aos trabalhadores praticadas pela ITAU, desde o constante assédio laboral até ao incumprimento das leis, alguns dos quais denunciados hoje numa Nota à Comunicação Social pelo Sindicato da Hotelaria do Sul, que representa mais de 90% das trabalhadoras:

• Marcou falta injustificada a trabalhadoras que aderiram à greve nos dias 28 de Março e 11 de Abril, ambas do ano de 2019, inclusive descontou dois e três dias no salário, pelo facto de a empresa não concordar com os serviços mínimos indicados pela associação sindical, 48 horas antes, conforme os termos legais, à empresa e ao Ministério;

• Em Novembro de 2019, a empresa ITAU pretendeu despedir ilegalmente uma trabalhadora efectiva, acabado “obrigada” a compensá-la monetariamente num valor dez vezes superior para que a trabalhadora não recorresse aos tribunais;

Em Dezembro último, foi apresentado à ITAU o Caderno Reivindicativo dos Trabalhadores para 2020, onde são exigidos a melhoria das condições de vida e trabalho, da área da higiene, segurança e saúde no local de trabalho, a valorização dos salários e o fim das descriminações. Até à data a ITAU tem recusado reunir com os representantes das trabalhadoras, inclusive em sede de prevenção de conflitos, na DGERT/Ministério do Trabalho.

“Esta estratégia da ITAU é uma vingança por estas trabalhadoras serem reivindicativas”, denuncia o Sindicato da Hotelaria, que representa mais de 90 por cento das cerca de 45 trabalhadoras.

FONTE: SINDICATO DOS TRABALHADORES NA INDÚSTRIA DE HOTELARIA, TURISMO, RESTAURANTES E SIMILARES DO SUL