20170914Autoeuropa montagem final arquivoAs associações patronais exigem um plano específico de apoio à indústria automóvel. Mas, afinal, pretendem o mesmo de sempre: acautelar os prejuízos da emergência sanitária e garantir lucros ainda maiores, aumentando a exploração dos trabalhadores e obtendo dinheiro da Segurança Social - acusa a Fiequimetal.

Num comunicado que começa hoje a ser distribuído aos trabalhadores das empresas do sector automóvel, a federação recorda que este sector, nos anos mais recentes tem ostentado grande pujança, em número de empresas, em volume de negócios e respectivo crescimento, no volume de emprego e no peso relevante que tem no PIB e nas exportações.

O «apoio» agora exigido é mais do mesmo! Durante décadas as empresas acumularam lucros colossais e agora, ainda o problema está no início, e já estão a abrir a boca, como tubarões, para que o País alimente a sua existência.

Os trabalhadores e os seus representantes, nas várias empresas do sector, vão continuar a resistir às intenções patronais de atacar e reduzir os direitos de quem trabalha, garante a federação.

Que medidas pretendem?

Recentemente, em comunicado conjunto, as associações patronais ACAP, AFIA, Anecra e ARAN vieram exigir ao Governo a criação de um plano específico de apoio ao sector automóvel, com um alegado duplo objectivo: minimizar o grave impacto da COVID-19 nas empresas e garantir que estas mantenham a sua competitividade, logo que se verifique a retoma gradual da economia.

Esta pretensão patronal, como se refere no comunicado da Fiequimetal, assenta essencialmente em duas vertentes:

• Ainda maiores facilidades para as empresas do sector acederem ao lay-off, poupando à custa dos trabalhadores e da Segurança Social;

• A possibilidade de as empresas disporem das férias dos trabalhadores a seu bel-prazer.

FONTE: Fiequimetal