LegrandO SIESI pediu uma inspecção da ACT - Autoridade para as Condições de Trabalho na Legrand, na empresa de infraestruturas eléctricas, onde o sindicato considera que estão a ser tomadas medidas desadequadas e excessivas, algumas das quais não minimizam os riscos de contágio e até vão em sentido contrário às orientações da DGS.

Comunicado do SIESI - Sindicato da Indústrias Eléctricas aos trabalhadores da Legrand:

Solicitada intervenção à ACT para garantir melhores condições

Tendo a preocupação dos trabalhadores em consideração, o SIESI tomou a iniciativa de contactar com a Direcção da Legrand e, depois, com a ACT, no sentido encontrar soluções e respostas aos problemas com que os trabalhadores se estão a deparar actualmente.

No entender do SIESI a interdição da utilização dos equipamentos da copa (principalmente o microondas), a interdição da utilização das máquinas de vending de comida/bebida e a recomendação para que os trabalhadores venham “pré-equipados” são desadequadas e excessivas e prejudicam seriamente o bem-estar dos trabalhadores da Legrand, e algumas não só não minimizam os riscos de contágio como até vão em sentido contrário às orientações da DGS.

Os trabalhadores não devem estar impedidos de ter acesso a uma refeição quente. O SIESI não tem conhecimento de nenhuma orientação das entidades competentes que se enquadre nesta norma, nem tão pouco de outra fábrica onde tenha sido colocada esta situação em Portugal.

A interdição das máquinas de vending é também excessiva, porque os alimentos vêm já pré-embalados de fábrica e não há dados que indiquem que representam um risco de contágio, se assim fosse também fechavam os supermercados. A empresa ao aconselhar que os trabalhadores comam uma refeição quente vinda de take-away, além de ser uma solução dispendiosa, também não garante que não haja riscos de contágio.

O SIESI entende que deve ser feita uma maior desinfecção dos microondas, para permitir o seu uso, à semelhança das medidas de limpeza que a Direcção da Legrand tomou noutras áreas.

Além disso, o aconselhamento ao “pré-equipamento”, isto é, a sair de casa já fardado e evitar tomar duche, vai contra diversas orientações da DGS (por exemplo as informações n.º8, 10 e 14 da DGS). Aliás, a esta norma aumenta ainda mais o risco, uma vez que o trabalhador ao entrar e sair fardado aumenta o contacto com outras pessoas, dentro e fora da empresa, nos transportes, nas lojas, nos serviços públicos ou tarefas que o trabalhador tenha de efectuar antes de ir e manter-se em casa conforme determinou a Assembleia da República.

Dada a gravidade da situação, o SIESI solicitou uma inspecção da ACT para garantir melhores condições para os trabalhadores.

- Garantir condições para os trabalhadores terem refeições quentes;

- Garantir a manutenção das máquinas de vending de comida e bebida; 

- Minimizar os riscos de contágio, evitando o “pré-equipamento”.

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