Siesi Visteon CEOApesar de ter assumido um razoável conforto de tesouraria, o CEO da Visteon apresenta, como uma das medidas de maior realce na reacção aos efeitos da crise sanitária, a imposição do corte da retribuição dos trabalhadores em 20 por cento, durante um período de quatro meses, mantendo a carga horária. Para o SIESI, é inaceitável.

Num comunicado, a Comissão Sindical do SIESI na Visteon revelou que, tal como alguns trabalhadores, tomou conhecimento de um conjunto de medidas anunciadas pelo CEO da multinacional, com sede no Michigan, EUA, a pretexto do «combate à crise empresarial gerada pela pandemia».

O CEO, Sachin Lawande, afirma que a Visteon «tem um balanço sólido e a liquidez necessária para suportar a tempestade», mas terá de avançar para «uma série de medidas adicionais, a nível global, por forma a reduzir os custos e permitir à empresa alguma liquidez».

Ora, de acordo com a mesma fonte, por referência ao dia 31 de Maio passado - recorda-se no comunicado - a Visteon dispunha de cerca de 825 milhões de dólares em dinheiro e cerca de 785 milhões em dívidas, não se encontrando confrontada com a necessidade de pagamento de dívida a curto prazo.

Não é possível, por mero decreto do seu CEO, reduzir a retribuição dos trabalhadores do VPBEC (centro de engenharia, denominado Visteon Palmela Business & Engineering Center) ou, como foi anunciado pelo Departamento de Recursos Humanos, que não será pago o subsídio de alimentação a estes trabalhadores, que se encontram em regime de teletrabalho.

20200411Siesi Visteon CEO

FONTE: FIEQUIMETAL