Os trabalhadores e o CESP não entendem nem aceitam que o Hospital dos SAMS, o Centro Clínico de Lisboa e as Clínicas em todo o país, continuem encerradas por decisão unilateral e incompreensível da Direcção do SBSI/SAMS, que anda a gastar dezenas de milhares de euros na sua imagem, nos jornais ou televisão para tentar explicar o inexplicável.

Comunicado do CESP aos trabalhadores do SBSI/SAMS

Direcção do SBSI/SAMS insiste na redução de rendimentos dos Trabalhadores

Os trabalhadores e o CESP não entendem nem aceitam que o Hospital dos SAMS, o Centro Clínico de Lisboa e as Clínicas em todo o país, continuem encerradas por decisão unilateral e incompreensível da Direcção do SBSI/SAMS, que anda a gastar dezenas de milhares de euros na sua imagem, nos jornais ou televisão para tentar explicar o inexplicável.

Os trabalhadores que prestam cuidados de saúde podem e devem estar ao serviço dos beneficiários e utentes e os restantes devem estar a trabalhar em casa, conforme previsto do decreto do estado de emergência, em vez de estarem em lay-off.

A direcção do SBSI/SAMS continua a não cumprir o dever de informação e consulta dos representantes dos trabalhadores.

A Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) e o Governo, embora alertados há mais de um mês, não fiscalizam e vão permitindo, vá-se lá saber porquê, que o SBSI tudo faça e decida desrespeitando continuamente a Lei.

Mas se de facto, e segundo as declarações do presidente do SBSI/SAMS, a principal razão para o encerramento do Hospital, Centro Clínico e Clínicas SAMS foi assegurar a saúde dos trabalhadores e dos seus utentes, devido aos casos de Covid, então deveria garantir o pagamento de 100% da retribuição aos seus trabalhadores.

Porque foi a direcção que decidiu suspender a actividade e os contratos de trabalho, porque todos os trabalhadores estão disponíveis para continuar a trabalhar e os utentes dos SAMS mais que nunca necessitam de locais para a prestação de cuidados de saúde.

Em vez disso, decidiu recorrer a apoios do Estado para empresas que foram obrigadas a suspender, por período temporário, a actividade no seguimento do decreto do estado de emergência.

A verdade nua e crua é que a direcção do SBSI/SAMS continua a receber mensalmente todas as contribuições financeiras e quotizações, na ordem dos 85 milhões de euros anuais, valores com que deve fazer face a todos os custos de funcionamento e por isso tem todas as condições para suportar integralmente os salários e não recorrer aos dinheiros da segurança social.

Neste período em que mais de 90% dos trabalhadores do SBSI/SAMS estão em lay-off, permanecem ao serviço todos os trabalhadores em regime de prestação de serviços, trabalhadores esses que o CESP sempre defendeu estarem a desempenhar funções de carácter permanente e deverem ter contrato de trabalho com o SBSI e não com qualquer empresa prestadora de serviços.

Os trabalhadores do SBSI/SAMS afectos aos cuidados de saúde, numa atitude de grande responsabilidade e coragem, continuam determinados em regressar aos seus postos de trabalho e exigem que lhes sejam disponibilizados todos os equipamentos de protecção individual.

FONTE: CESP