edp abaixo assinadoAo fim de 14 reuniões de negociação da tabela salarial para 2020, com um interregno de seis semanas a pretexto da pandemia, a administração da EDP teve as reuniões bilaterais que quis, mas continua a não apresentar novas propostas. Está lançado um abaixo-assinado.

Se podem ser distribuídos, pelo segundo ano consecutivo, dividendos de mais de 690 milhões de euros, superiores aos lucros anuais, também tem de ser possível aumentar condignamente os trabalhadores, afirma-se na informação sindical emitida ontem, após a reunião com a administração.

As propostas patronais não representam sequer o valor de um café por dia.

A Fiequimetal mantém a proposta de aumento salarial de 80 euros, justa e equilibrada.

Abaixo-assinado online

A Fiequimetal e os sindicatos decidiram lançar, ainda ontem, um abaixo-assinado para que os trabalhadores das empresas do Grupo EDP em Portugal manifestem a sua insatisfação e indignação, pela forma como a administração tem gerido o processo de negociação dos aumentos salariais para 2020, e exijam uma postura que possibilite um acordo no imediato.

O objectivo é reunir rapidamente um número significativo de assinaturas, para remeter o abaixo-assinado ao Conselho de Administração Executivo (CAE) do Grupo EDP.

Devido às restrições impostas pela situação sanitária, as assinaturas são recolhidas apenas na Internet, no endereço: https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT100076

Abaixo-assinado

POR UM AUMENTO DIGNO DOS SALÁRIOS!Os trabalhadores abaixo assinados manifestam, por esta forma, a sua insatisfação e indignação pela forma como a administração da EDP tem gerido o processo de negociação dos aumentos salariais para 2020 e exigir uma postura que possibilite um acordo no imediato.

Para além da demora da administração em apresentar propostas e da interrupção das negociações por cerca de mês e meio, desnecessária, considerando que existiam meios de comunicação disponíveis (videoconferência), os valores apresentados são por tal forma baixos são uma afronta para a grande maioria dos trabalhadores e tornam-se inaceitáveis pelos mesmos. Aliás, os meios de comunicação não tiveram nenhuma influência na distribuição de mais de 690 milhões de euros aos acionistas na data prevista e em valor superior aos lucros obtidos, confirmando o que acima se refere.

Grave é a dimensão da mais completa incoerência entre as afirmações, publicas e pelos meios internos, da administração sobre o desempenho dos trabalhadores como o mais excecional sempre, e a prática de pretender aplicar aumentos de salário irrisórios que não chegam, em alguns casos, para pagar um café por dia. Apenas uma nota curiosa, calculando a média do valor mensal recebido por António Mexia (PCAE), daria para pagar o aumento a 15.000 trabalhadores em cada mês.

Neste contexto, fica clara a necessidade que temos de que a administração apresente, no imediato, valores que permitam um acordo que permita a valorização real dos salários e dos trabalhadores.

Para assinar, clique aqui!

 

FONTE: FIEQUIMETAL