aircraftO SITE Sul, respondendo à anunciada intenção da Lauak Portuguesa de realizar um despedimento colectivo, declara que nunca poderá concordar com a implementação de medidas que põem em causa os postos de trabalho, mais ainda quando uma parte deles foi criada com o apoio do Estado.

Num comunicado aos trabalhadores da Lauak, com fábricas em Setúbal e em Grândola, o sindicato afirma que as alternativas existem, sendo apenas necessário que não falte vontade à administração para as implementar.

O SITE Sul encetará todos os esforços para que sejam cumpridos os direitos dos trabalhadores e protegidos os seus postos de trabalho.

Reconhecendo que a crise neste sector, gerada pela COVID-19,sai fora do controlo da empresa, não se entende o recurso ao despedimento colectivo, anunciado pela administração no dia 18, quando esta tem à disposição outras alternativas, que permitem à empresa ultrapassar este período difícil e manter os postos de trabalho.

No comunicado recorda-se que a filial da multinacional francesa da indústria aeronática beneficiou de apoios comunitários, no valor de cerca de oito milhões de euros, através do Estado português, para a unidade fabril de Grândola. Como contrapartida de tais apoios, a administração assumiu o compromisso de criar 274 postos de trabalho. Ora, caso decida avançar na sua intenção de despedimento coletivo, este compromisso não será respeitado.

A intenção de realizar o despedimento colectivo foi comunicado à Comissão Sindical do SITE Sul no dia 18, em reunião com a administração, reportando esta a uma linha de decisões que segue o que a multinacional pretende fazer em França.

FONTE: FIEQUIMETAL