A Fiequimetal decidiu dar acordo à proposta apresentada ontem pela administração da EDP, uma vez que permite a valorização dos salários mais baixos, com um aumento médio de cerca de 80 euros. É elevado o salário de admissão para 1000 euros, sem comprometer a evolução salarial da generalidade dos trabalhadores.

Determinação e coerência foram decisivas para este resultado positivo, destaca a federação, na informação hoje divulgada aos trabalhadores das empresas do Grupo EDP.

A Fiequimetal considera que o acordo alcançado tem uma expressão extremamente importante, não por ser globalmente um resultado de «excelência», mas por alterar questões que eram intransponíveis, até agora.

Só a pressão realizada pelos trabalhadores e os sindicatos da Fiequimetal permitiu inverter a tendência de desvalorização dos salários nas bases remuneratórias mais baixas.

Pela primeira vez, foi possível alcançar um acordo sem usar a percentagem como regra absoluta, isto é, a actualização salarial com base num valor em numerário passa a existir como meio de aproximação dos salários.

A luta traz sempre resultados

Nunca é demais relembrar a importância das lutas realizadas: a 24 de Abril de 2019, na assembleia de accionistas; nos «encontrões» deste ano; na subscrição do abaixo-assinado, mais recentemente; e em múltiplas acções de grupos profissionais e outras áreas que exprimiram o descontentamento existente.

O primeiro obstáculo a ser ultrapassado foi o salário de entrada, que tinha por base a BR (base remuneratória) 1, do nível 5, a qual desaparece.

Satisfazendo uma reivindicação dos sindicatos e da federação, desde as admissões de 2014, o salário de entrada sobe agora para 1000 euros (BR 2), com as BR 3, 4, 5, 6 e 7 a subirem também acima do aumento mínimo.

Isto atenua o fosso salarial que a Administração impôs ao longo de anos.

O futuro tem agora um outro caminho para os trabalhadores mais jovens, incluindo os quadros superiores (Letra A2 passa a 1500 euros e a Letra A1 passa a 1560 euros), sem comprometer a evolução salarial dos restantes trabalhadores.

Nas bases remuneratórias mais baixas o aumento médio será de cerca de 80 euros.

Para as BR de 8 a 22 e para as Letras A a Q, o aumento será de um por cento, arredondado ao euro superior, tal como para as restantes rubricas de expressão pecuniária, estas arredondadas ao cêntimo.

Nova negociação

Não há tempo para parar. Estão sinalizadas matérias para continuar a discutir e tomar a iniciativa.

A Administração assumiu o compromisso de abrir um espaço de discussão (17 de junho) para abordar outras matérias.

Os sindicatos da Fiequimetal estarão na linha da frente, com propostas sobre as carreiras profissionais, subsídio de disponibilidade, protocolo de TET (trabalhos em tensão), ajudas de custos, colónias de férias, subsídios de estudo e sobre a Saúde.

A empresa ficou de apresentar nesse dia uma listagem de cerca de 140 trabalhadores que estão estagnados há muito tempo e têm de ser reclassificados em funções de nível superior.

A Fiequimetal decidiu dar acordo à proposta apresentada ontem pela administração da EDP, uma vez que permite a valorização dos salários mais baixos, com um aumento médio de cerca de 80 euros. É elevado o salário de admissão para 1000 euros, sem comprometer a evolução salarial da generalidade dos trabalhadores.

FONTE: FIEQUIMETAL