randstadDesde 2011 que a actualização dos salários dos trabalhadores da Randstad II ronda um euro por ano, em média. A Randstad é um alugador de mão-de-obra que ganha que lucra com quanto pode reduzir nos salários e direitos dos trabalhadores. A dar voz nos call-centers e na lojas de empresas como a NOS ou a EDP, os trabalhadores exigem a integração nos quadros das empresas para quem o trabalho é prestado.

Comunicado do Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas aos trabalhadores da Randstad II

GREVE
12 de Junho de 2020
(das 00 horas até às 01 hora de dia 13/6)

Independentemente da fase que atravessamos e que a todos nos preocupa, os trabalhadores continuam a prestar trabalho e a contribuir para os resultados das empresas, entre as quais se salienta a NOS e a EDP, esta última com um lucro de mais de 600 milhões de euros em 2019 e que já anunciou que o primeiro trimestre de 2020 foi melhor quando comparado com o do ano anterior. A Randstad, que neste processo é apenas um alugador de mão-de-obra e, dessa forma, ganha com tudo o que pode reduzir nos nossos salários e direitos. Assim, desde a 2011, ano em que ganhou o concurso, continua com um aumento médio de 1 euro por ano, resistindo cegamente para evitar o crescimento dos salários – o porquê é evidente – embora tenha sido obrigada a ceder em várias reivindicações, mas sempre retiradas à força da muita luta desenvolvida nestes anos.

Isto tem, de acabar de uma vez por todas! TODOS EM GREVE:

Contra a estagnação salarial e, consequente, perda de poder de compra; Pela integração nos quadros das empresas para quem o trabalho é prestado, onde se destaca o caso da EDP e os seus lucros fabulosos, onde está muito do resultado do nosso trabalho; Pelo fim de uma gestão de silêncio, onde o não assumir de respostas é expediente para procurar influenciar negativamente as condições e ambiente de trabalho; Contra a instabilidade criada nos postos de trabalho com o recurso a alterações na sua desorganização, através de meios “bolorentos”.

Não sabem, nem querem saber!

As condições de trabalho não melhoram, excepto, quando a isso obrigamos e tudo é tentado levar quase até à “eternidade”. O ambiente de trabalho degrada-se por força de práticas de imposição e arrogância, onde os trabalhadores são tratados como números, exigindo-se cada vez mais, trocando equipas, locais e outros procedimentos que, por ausência de sentido e informação, apenas se poderão considerar como tentativas de intimidar com uma instabilidade provocada nos postos de trabalho ou algo que parece serem atitudes de “navegar à vista”.

Esta é, entre outras, uma empresa que não vê, não ouve, não dialoga e não negoceia, desaproveitando potencialidades, profissionalismo e competências. Estranha forma de gerir e de se afirmar como empresa de “excelência”.

Duas a ganhar à nossa custa!

As empresas para quem os trabalhadores efectivamente prestam o seu trabalho, quer nos Callcenters quer nas Lojas, para tudo são a sua voz e a sua imagem, rodeados de publicidade e de acenar de cenouras de o melhor disto e daquilo, mas continuando a negar a sua integração nos seus quadros e a estimular práticas de precaridade através de empresas que servem de intermediárias e ganham a comissão por vender o nosso – SIM,O NOSSO – trabalho!

A situação de pandemia que ainda atravessamos, infelizmente, veio demonstrar que foram os trabalhadores e alguns responsáveis – os que conhecem a realidade – nalguns locais, que conseguiram evitar o colapso, com o recurso a equipamentos dos trabalhadores ou a irem buscar os da empresa fornecidos tardiamente e a terem de utilizar os seus meios para os transportar, na esmagadora maioria fora do seu período de trabalho. O resto foram muitas tropelias e desvarios...

Em conclusão: anos de esforço, dedicação e profissionalismo resultam num desrespeito e não reconhecimento do valor de quem tem mantido um serviço de qualidade até aos seus limites.

O resto são promessas nunca cumpridas e situações de um manifesto “manual de vender gelo aos esquimós”. Dúvidas não há e o caminho que seguimos é o único que pode criar um futuro melhor!

ULTIMA HORA: Callcenter de SEIA também na GREVE!