FEVICCOM construção civilContinuam a somar-se os casos de infecção na construção civil. A Federação dos Sindicatos da Construção acusa o Governo de estar a correr atrás do prejuízo.
Declarações de Fátima Messias, coordenadora FEVICCOM.
RTP 1 - Jornal da Tarde (VER VÍDEO)

Nota de imprensa da FEVICCOM – Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro:

CONTÁGIOS PELA COVID-19:
É urgente uma estratégia global que defenda a saúde e garanta os salários
DOS TRABALHADORES DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Após os diversos alertas dos trabalhadores e dos Sindicatos do sector, que não tidos em conta pelos responsáveis – patronato, governo e entidades fiscalizadoras - os primeiros resultados dos rastreios efectuados na Área Metropolitana de Lisboa confirmam as suspeitas existentes e exigem a adopção de uma estratégia global de intervenção para não se “correr atrás do prejuízo”, como aconteceu até agora.

Este é um sector marcado por uma elevada precariedade e mobilidade laboral, pelo recurso a subcontratações em cascata, por baixos salários e pela falta permanente de condições de segurança, higiene e saúde, onde os trabalhadores têm continuado a exercer a sua actividade, na maioria dos casos com total ausência de equipamentos de protecção individual e higiene (máscaras, luvas, gel desinfectante) e de garantia da distância física mínima indicada pelas autoridades de saúde, quer nas obras, quer nos transportes privados das empresas.

A FEVICCOM solicitou hoje mesmo reuniões urgentes ao Governo (Ministra do Trabalho), à Inspectora-geral do Trabalho; à Direcção-geral da Saúde e à FEPICOP (associações patronais do sector).

As propostas, as reivindicações e a voz dos trabalhadores, através dos seus Sindicatos, têm de contar para as soluções e medidas a tomar, com urgência, em todo o país.

A FEVICCOM vai ainda reunir todos os seus Sindicatos, a nível nacional, no Porto, na 3ª feira, dia 9 de Junho, onde vão ser equacionadas novas acções e medidas a tomar.

Os rastreios a todos os trabalhadores da Construção Civil são essenciais, mas não bastam.

Exige-se uma estratégia global, que tenha em conta as propostas dos Sindicatos do sector, que defenda a saúde dos trabalhadores, que garanta a implementação e manutenção de procedimentos de segurança e de higiene nos locais de trabalho pelas entidades patronais e a defesa do emprego, dos salários e dos direitos.