ip"Porque será que o governo se mostra sempre legalista quando é para transferir verbas do erário público para a banca privada e nunca é legalista quando se trata de respeitar a contratação colectiva e a valorização dos salários dos trabalhadores?", pergunta a FECTRANS.

Informação da FECTRANS:

‍IP: Administração/governo propõem aumento de 0(zero)%

Na reunião hoje realizada no âmbito da revisão do ACT – Acordo Colectivo de Trabalho da IP, que abrange os trabalhadores das IP-Infraestruturas de Portugal; a IP-Telecom; a IP-Engenharia; a IP-Património, que contou com a presença do Ministro das Infraestruturas, foi dito que os trabalhadores destas quatro empresas não merecem qualquer aumento salarial estes ano, sendo a proposta de 0(zero)%.

Para a administração/governo, apesar dos trabalhadores destas empresas terem mantido o sistema ferroviário operacional em época de pandemia, consideram que são uns “sortudos”, porque não foram sujeitos a medidas idênticas a outros trabalhadores.

Será que para este governo tem que se nivelar tudo por baixo? Será que as opções para o futuro, ao contrário do que afirmam, é de austeridade?

Foi com a recuperação de salários e direitos que num passado recente no País se inverteu a situação de crise económica/financeira e social e, na saída deste quadro de pandemia, é com a valorização dos salários e das profissões que se recupera dos problemas decorrentes da situação pandémica.

Não se pode evocar a crise pandémica, quando entregámos uma proposta antes do final do ano passado, em tempo que permitia cumprir os prazos previstos no ACT para a entrada em vigor dos novos valores do salariais, como está determinado na convenção colectiva.

Porque será que o governo se mostra sempre legalista quando é para transferir verbas do erário público para a banca privada e nunca é legalista quando se trata de respeitar a contratação colectiva e a valorização dos salários dos trabalhadores?

Perante o resultado da reunião de hoje, entendemos que os trabalhadores não têm outra alternativa que não a luta.