ctt açores ciO Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações responsabiliza os CTT pelos atrasos na entrega de correspondência nos Açores. José Oliveira acusa a empresa de estar a prestar um mau serviço.

Declarações de José Oliveira, Sindicato Nacional Trabalhadores Correios.

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Documento distribuído na Conferência de Imprensa do SNTCT, em Angra do Heroísmo:

SITUAÇÃO DOS CTT NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES

A Direcção Nacional do SNTCT, perante o confrangente descalabro a que está a chegar a prestação dos Serviços Postais pelos CTT em toda a Região Autónoma dos Açores, decidiu tornar públicas a razões de tal descalabro bem como todos os problemas que afectam os Trabalhadores CTT nos Açores.

A crise provocada pelo Covid-19 foi aproveitada pela Gestão dos CTT para reduzir custos, nomeadamente no transporte de correio do território continental para os Açores o que tem provocado graves atrasos na distribuição do mesmo. O transporte do correio por via marítima e a não utilização de cargueiros aéreos, como era obrigação dos CTT, tem sido não só prejudicial em termos da rapidez de entrega do correio como, por concentrar o mesmo, provocar distúrbios no sistema de distribuição. Um Carteiro a fazer a distribuição (em dias alternados) de 2 e por vezes mais giros, não funciona. Os Carteiros continuam a ser os mesmo bons profissionais que sempre foram, o que está a falhar é a gestão destes CTT privados que apenas olha ao lucro e não está a respeitar os Açorianos que têm, por Lei, direito a uma distribuição diária e domiciliária de correio.

Concomitantemente a gestão dos CTT tem vindo a não ter ao serviço o número de trabalhadores necessários à correcta execução do trabalho a fazer o que está a provocar a exaustão dos trabalhadores, poucos, que restam. Segundo um apanhado feito pelo SNTCT faltam neste momento, no conjunto do Arquipélago, mais de 25 Carteiros na Distribuição e pelo menos 10 Técnicos nos balcões das Estações de Correio que, em alguns casos, já com nítida falta de pessoal ainda têm gente desviada para os balcões do Banco CTT.

Assim, porque exemplo de todo o território nacional a situação, em todo o Arquipélago, está a degradar-se sem que a Gestão dos CTT proceda de forma a corrigir o mau trabalho a que está a obrigar os homens e mulheres CTT que não merecem estar a ser utilizados como “bodes expiatórios” neste processo devem os CTT, no imediato e em nossa opinião, admitirem no mínimo os trabalhadores em falta que atrás referimos, contratualizarem cargueiros aéreos para o transporte de correio e – embora serviço da Empresa CTT Expresso, regularizarem o transporte de Express Mail que, além de estar a ser efectuado pela rede CTT Correios (que deveria estar a distribuir o chamado correio normal incluindo o correio registado), está a ser transportado por barco, até agora uma vez por semana, não respeitando assim os padrões de serviço contratualizados com os cidadãos.

A Direcção Nacional do SNTCT, embora lamentando ser obrigada a colocar a questão em público, não pode nem quer ser conivente com a situação e, vê-se a isto obrigada em nome do respeito pelos cidadãos e do bom nome dos seus filiados e restantes trabalhadores dos CTT.