Fnac banco horasAs consequências perniciosas para os trabalhadores da introdução do banco de horas na FNAC é sublinhado na última Folha Sindical do CESP, advertindo, entre outra razões, que pode afastar os trabalhadores da família por mais de 12 horas diárias.

O sindicato realça, ainda, que a Fnac paga o salário mínimo nacional (635 euros) aos trabalhadores que estão até há oito anos na empresa e 650 euros a quem está há mais tempo. E lembra que todas as lojas estão a trabalhar com menos trabalhadores do que o ano passado, enquanto os salários não são aumentados há vários anos.

Folha sindical do CESP para os trabalhadores da FNAC:

Não pago as contas, a casa e a comida com o banco de horas!

A Fnac paga o salário mínimo nacional aos trabalhadores até 8 anos de trabalho e 650€ para quem está há mais de 8 anos na empresa, e muitos dos trabalhadores não são aumentados há vários anos!

A exigência dos trabalhadores da Fnac é que o seu trabalho seja valorizado com um aumento significativo do seu salário.

Relembramos que todas as lojas estão a trabalhar com menos trabalhadores do que o ano passado.

Fazendo um pequeno balanço, os trabalhadores ao longo dos anos já foram aumentados na carga de trabalho, mas o salário base continua a ser o mesmo!

Com a introdução do banco de horas, o patrão pode obrigar-te a trabalhar mais duas horas por dia, sabendo que, às 8 horas de trabalho diárias temos que juntar a hora do almoço, mais, o tempo de deslocação para o trabalho, por exemplo considerando 30 minutos para a deslocação, a ida e volta soma mais uma hora, para um resultado final que será de aproximadamente 10 horas diárias ausente da sua família. Com o banco de horas a Fnac pode obrigar-te a trabalhar mais duas horas por dia. O trabalhador vai ficar 12 horas afastado da família pelo mesmo salário!

Resumindo, o trabalhador não sabe quando volta para casa e fica a ganhar exactamente o mesmo, por outro lado, a Fnac não necessita de contratar mais trabalhadores, não necessita de pagar horas extras aos trabalhadores e tem um “cheque em branco” passado pelos trabalhadores de 150 horas que pode utilizar quando quiser.