MISERDICÓRDIASPara reivindicar a valorização das carreiras profissionais e dos salários, os trabalhadores das misericórdias irão fazer greve durante todo o dia 15 de Outubro e concentram-se em protesto, às 11h30, junto à sede da União das Misericórdias Portuguesas, em Lisboa.

Não é admissível que Ajudantes de Lar com 25 e mais anos de antiguidade nas instituições recebam apenas o Salário Mínimo Nacional, exemplifica o CESP – Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviços num comunicado aos trabalhadores.

No comunicado, o CESP lembra que os trabalhadores das misericórdias foram obrigados pelo Governo e pelas instituições a trabalhar de 10 a 24 horas seguidas, 7 ou 14 dias consecutivos, e que, até ao momento, nenhum recebeu o trabalho suplementar devido. Nem esquecem que foram impedidos de gozar férias, de rescindir contratos de trabalho e até de prestar assistência aos seus filhos.

Comunicado do CESP:

Greve no dia 15 de Outubro de 2020
Pelo Aumento dos Salários de todos os trabalhadores
Pela valorização da carreira profissional de todos os trabalhadores da “linha da frente”
Concentração às 11h30 junto à sede da UMP em Lisboa

Num ano e num momento em que tanto se fala dos trabalhadores essenciais, dos trabalhadores da Linha da Frente, é necessário que haja a coragem para valoriza­r as carreiras profissionais de quem, num momento particularmente difícil não abandona utentes, trabalha no limite das suas forças e capacidade­s, dando o melhor de si para cuidar dos que mais necessitam.

Não podemos aceitar que os salários das Ajudantes de Lar, com 5, 10, 15, 20, 25 e mais anos de antiguidade nas instituições, seja o Salário Mínimo Nacional.

Não aceitamos que não nos paguem as diuturnidades nem valorizem a nossa especialização.

Desde há pelo menos 4 anos que os salários da generalidade dos trabalhadores não são aumentados.

É preciso valorizar significativamente quem, de uma forma exemplar, cumpre o seu papel, mesmo vendo os seus direitos colectivos serem atropelados todos os dias pelo Governo PS e Direcções das Misericórdias.

Os trabalhadores das Misericórdias não esquecem que foram obrigados pelo Governo e Instituições a trabalhar 10, 12, 24 horas seguidas, 7 ou 14 dias consecutivos. Até ao momento nenhum recebeu o trabalho suplementar devido.

Os trabalhadores não esquecem que foram impedidos de gozar férias, de rescindir contratos de trabalho e até de prestar assistência aos seus filhos.

Não esquecem e não se arrependem de cumprir o seu papel!

Exige-se agora que haja a coragem de valorizar as carreiras e os salários de TODOS os trabalhadores.

Unidos em defesa destas reivindicações somos mais fortes!

Vamos todos fazer Greve e participar na concentração

às 11h30 junto à sede da UMP, em Lisboa!