carris turDepois da FECTRANS ter entregue as propostas de revisão dos AE’s da Carris, CarrisBus e CarrisTur, o tempo passa e a resposta das Administrações não chega.

Esta é uma atitude que viola o prazo de resposta previsto nos AE’s para o início das negociações, constitui uma desconsideração aos trabalhadores e revela “tiques de prepotência” inaceitáveis, nomeadamente na gestão das empresas públicas.Qualquer pessoa ou entidade só pode ser respeitada se respeitar os outros.

É isso que se exige ao C.A. da Carris que, assumindo também a presidência das outras duas empresas, tem a obrigação de honrar os compromissos que subscreve e o dever de dinamizar e valorizar a negociação coletiva.

O momento que vivemos não se compadece com fugas à discussão. Antes requer abertura para negociar e vontade para resolver os problemas laborais e sociais.

Justifica-se por isso a realização urgente das reuniões, para dar início aos processos negociais. Uma exigência que esperamos seja correspondida, sob pena de sermos forçados a recorrer a outras instâncias, para assegurar o direito à negociação.Os trabalhadores têm direito a melhores condições de vida e de trabalho.

Temos propostas, exigimos respostas.

Este é o tempo para aumentar salários,valorizar as profissões e assegurar o distanciamento do salário mínimo nacional.

Não se pode continuar a exigir mais e a pagar o mesmo.

É preciso consagrar as 35 horas semanais,as 7 horas diárias e as 6 horas para os serviços seguidos, como um meio para reduzir o “stress”, reforçar a segurança do transporte público,preservar a saúde dos trabalhadores e ter mais tempo livre para a sua vida pessoal e familiar.

É necessário repor o “adicional”que nos foi retirado no período da “troica”, transformando-o num prémio de produtividade, com um valor superior e isento de qualquer penalização, pelo exercício de direitos individuais e coletivos consagrados no AE.

É da mais elementar justiça, assegurar aos trabalhadores dos transportes públicos o passe social gratuito, com abrangência a toda a Área Metropolitana de Lisboa.Estas são, entre outras, propostas que reclamamos para todos os trabalhadores, independentemente de estarem ou não, filiados sindicalmente.

Por isso rejeitamos qualquer tipo de discriminação, como aquela que a administração quer impor aos trabalhadores não sindicalizados, ao anunciar que só têm direito a 30 dias de férias (de calendário).

Para além de ilegítima, a posição do C.A., não tem qualquer suporte legal, dado que não existe nenhum AE, em vigor na empresa, com este regime de férias. É inadmissível que o C.A. exija deveres iguais e depois aplique direitos diferentes. É tempo de acabar com as condutas persecutórias, a chantagem e as discriminações dentro da empresa.Haja rigor e bom senso.

Aplique-se os 25 dias úteis, acrescidos da majoração de 5 dias, a todos os trabalhadores, sem exceção.

Esta é a posição do STRUP, já transmitida ao C.A., esperando que este corrija, em tempo útil, esta aberração.

 

Fonte: STRUP/FECTRANS