SPdH GroundforceDesde há vários meses a esta parte, conforme temos informado regularmente (comunicados disponíveis no nosso site), que a SPdH/Groundforce se coloca com dificuldades de tesouraria, fruto da queda abrupta de actividades que as medidas de apoio e protecção ao emprego decretadas pelo Governo apenas atenuaram durante algum tempo.

São públicos os números que apontam para um previsível prejuízo no exercício de 2020 na ordem dos 20 milhões de euros.

É público também que a empresa, desde Março de 2020 (há quase 1 ano!) apresentou à ANAC/Governo um conjunto de medidas de curto e de médio prazo, que considerava essenciais para a sustentabilidade da SPdH/Groundforce.

De entre essas medidas, destacamos um pedido de empréstimo de entre 30 a 35 milhões de euros, que é, reconhecidamente, a solução “menos má”. A este propósito, importa destacar que a empresa não tem endividamento bancário à data e que terá subjacente também a duração das Licenças e dos contratos com os principais clientes, nomeadamente com o principal, a TAP!

Desde Março, passaram 10 meses, o Governo não aprovou medidas específicas para o sector e a SPdH/Groundforce foi sendo “empurrada” de Ministério para Ministério, não estando a situação resolvida à data de hoje, o que tem levado mês após mês a uma instabilidade permanente no que toca ao cumprimento dos compromissos salariais e fiscais.

Não é admissível que, ao fim destes meses todos, haja quem se entretenha em jogadas de bastidores esquecendo que estão em causa 2400 famílias.

O SITAVA tem estado a acompanhar em permanência esta situação, mantendo contactos regulares com a tutela que tem assumido, desde sempre, que a SPdH/Groundforce não era uma empresa “preocupante”. Na última reunião, no passado dia 15, foi reafirmado que o Governo estava empenhado na solução do empréstimo que seria a solução “menos má”, nesta fase, porque não implicaria alterações na estrutura accionista e a empresa não entraria no perímetro de maioria de capital da TAP, com todas as implicações que isso significaria neste momento e que também estão na ordem do dia num ataque sem precedentes à contratação colectiva e aos direitos dos trabalhadores da TAP, da Portugália e da CateringPor.

FONTE CESP