Novo despedimento coletivo na Eurest de 146 trabalhadoresA Eurest, aproveitando-se da crise sanitária, iniciou um novo processo de despedimento coletivo de 146 trabalhadores, depois de, no passado dia 23 de fevereiro, ter completado um processo de despedimento coletivo de 116 trabalhadores.

Foi no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, que 141 mulheres trabalhadoras da Eurest receberam em casa uma carta da empresa com a intenção da as despedir.

Esta decisão da empresa, para além de ilegal, é uma afronta a todas as mulheres trabalhadoras e demonstra que a empresa não respeita minimamente os direitos e não tem nenhuma sensibilidade social.

O novo despedimento coletivo agora iniciado pela Eurest, tal como o anterior, não tem razão de ser. Não há nenhum motivo para o despedimento. O motivo alegado pela empresa da pandemia é temporário e conjuntural. Os critérios usados pela empresa na seleção dos trabalhadores são ilegais. Nenhuma outra empresa das cantinas ousou fazer qualquer despedimento coletivo. O Estado pôs à disposição das empresas apoios para a manutenção do emprego. A Eurest dá milhões de lucro, recorreu a apoios e continua a despedir.

A Eurest explora contratos de concessão de serviços de refeições de cantinas, refeitórios, bares e áreas de serviço. Se a Eurest entende que o caderno de encargos não é rentável, basta não concorrer, não precisa de despedir.

GREVE NACIONAL DIA 26 DE MARÇO

Concentração em Lisboa na Assembleia da Republica às 11:00

A política laboral da empresa é violenta: a empresa paga salários baixos; retira direitos aos trabalhadores conquistados ao longo de décadas; provoca os maiores índices de precariedade laboral, empurrando para empresas de trabalho temporário centenas de trabalhadores e, em poucos meses, recorre a dois despedimentos coletivos empurrando para o desemprego e para a miséria 262 trabalhadores.

A Eurest é useira e vezeira em despedimentos coletivos. Já no tempo da troika mandou para o desemprego centenas de trabalhadores, na sequência de vários processos de despedimento coletivo.

Vamos lutar contra esta política de autêntico terrorismo laboral. Vamos todos fazer greve e manifestarmo-nos contra esta violência e esta ilegalidade.

FONTE: FESAHT