Eurest avança com um novo despedimento coletivo de 141 mulheres no Dia Internacional da MulherConcentração dos trabalhadores da EUREST na Assembleia da República, com a presença da secretária geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha, amanhã, 26 Março, às 11h00, contra o despedimento colectivo na empresa, pela defesa dos postos de trabalho.

Os trabalhadores da EUREST, pertencente ao grupo Internacional Inglês Compass, vão estar em greve dia 26 Março, pela defesa dos seus postos de trabalho e contra o despedimento colectivo de mais 146 trabalhadores, dos quais 141 são mulheres, despedimento este comunicado aos trabalhadores na sua maioria mulheres, no dia 8 de Março, dia Internacional da Mulher.

A EUREST em menos de 6 meses (Novembro de 2020) coloca no desemprego através de uma lei injusta que regula os despedimentos colectivos previsto no Código de Trabalho 262 trabalhadores das cantinas e refeitórios, com critérios pouco claros e injustificáveis.

A EUREST ganhou as concessões, em competição com outras empresas do sector, com esta posição de despedir, sem respeito por trabalhadores qualificados no desempenho profissional com experiência de várias décadas, como é exemplo os refeitórios do IEFP, a EUREST em Janeiro de 2021 concorreu e ganhou a continuidade da concessão só para despedir. Se a intenção era despedir, porque concorreu? Como vai cumprir o caderno de encargos sem os trabalhadores, quando justifica extinção da função desempenhada?

“Não podemos esquecer que as concessões são para cumprir serviço de refeições restauração e bebidas por trabalhadores que a EUREST agregou nos seus quadros quando ganhou a concessão, que em muitos casos já pertenceram a quadros de outras empresas do sector, mas por lei são obrigatoriamente transmitidos para a empresa que ganhou o concurso, por isso não se entende nem se justifica a estratégia da EUREST de concorrer, ganhar e despedir, só o faz porque a lei não protege os trabalhadores.”

Este momento que todos atravessamos, de pandemia, o trabalho de restauração colectiva de cantinas e refeitórios é impossível de se fazer em teletrabalho, a EUREST pode recorrer aos apoios dados à manutenção do emprego, para manter todos estes postos de trabalho e não o fez porque a intenção é de substituir os seus quadros efectivos, por mão obra precária através das empresas de serviço temporário, sem se preocupar com custos de formação e qualificação dos trabalhadores que garantem a riqueza de um volume de negócios de mais de 100 milhões de euros por ano, que a EUREST ganha no território Nacional.

A Pandemia não pode servir de justificação para a EUREST despedir, a lei dos despedimentos colectivos tem que ser revista, urgentemente, e este despedimento colectivo demonstra que não protege os trabalhadores, nem protege o trabalho qualificado. E muito menos as famílias.

Fonte: SINDICATO DOS TRABALHADORES
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