Sem respostas no Grupo AdP decide se formas de luta Durante o mês de Abril, os sindicatos da Fiequimetal e o STAL vão promover plenários nas diversas empresas do sector da água do Grupo Águas de Portugal, para discutir e decidir as formas de luta a desenvolver, perante a falta de respostas da administração.

Num comunicado que está em distribuição desde sexta-feira, as organizações da CGTP-IN salientam que os trabalhadores do sector da água merecem ser valorizados e respeitados, pois todos os dias asseguram um bem fundamental à vida, e, mesmo neste difícil contexto sanitário, mantiveram-se na primeira linha da prestação deste serviço público essencial à população.

Mas agora é tempo de acção e de luta para exigir o que é justamente devido aos trabalhadores.

Durante o mês de Abril serão realizados plenários gerais, sectoriais e locais nas diversas empresas do Grupo AdP, para discutir e decidir as formas de luta a desenvolver.

Caso não existam respostas às reivindicações dos trabalhadores num curto espaço de tempo, a luta é o caminho e a greve o seu aliado!

Administração ignora

Por pressão dos sindicatos, e ao fim de mais de dois anos, foi finalmente constituída a Comissão Paritária, para avaliar a aplicação do Acordo Colectivo de Trabalho, assinado em Outubro de 2018. No entanto, e até agora, o resultado foi pouco mais do que nada, já que a empresa continua a insistir no jogo do «empurra para a frente».

Na última reunião, realizada dia 18, o STAL e a Fiequimetal deixaram claro que não iriam continuar a tolerar a estratégia adoptada por parte da administração da AdP, que ignora os problemas, os ofícios, os anseios, as discriminações entre trabalhadores e as reclassificações, entre outros assuntos, adiando – de forma deliberada e consecutiva – a resolução dos problemas, e fugindo aos compromissos assinados com os trabalhadores.

Da próxima reunião, agendada para 1 de Abril, espera-se que sejam dadas respostas concretas aos problemas dos trabalhadores, com verdade e transparência.

A proposta de revisão do ACT, entregue pelo STAL e a Fiequimetal há um ano, ainda não obteve resposta.

Desde a revisão da tabela, em Novembro de 2018, os trabalhadores nunca mais tiveram um aumento salarial.

Continuam, igualmente, sem direito ao Suplemento de Penosidade e Insalubridade, que a administração da AdP não aplica porque não quer.

Tem de haver respostas e soluções para os problemas dos trabalhadores, que são essenciais ao funcionamento da empresa – tanto na área do saneamento como no abastecimento de água – mas cuja valorização tarda em ser reconhecida.