RESULTADOS RTP 2020
AUMENTO DOS LUCROS À CUSTA DO CONGELAMENTO SALARIAL, POLIVALÊNCIA FUNCIONAL, PRECARIEDADE E FALTA DE INVESTIMENTO EM EQUIPAMENTO TÉCNICO (HÁ SITUAÇOES EM QUE SÃO OS PRÓPRIOS TRABALHADORES A DISPONIBILIZAR EQUIPAMENTOS DE TRABALHO)
O STT tomou conhecimento através da Comunicação Social que o lucro da RTP mais que triplicou em 2020, face ao ano anterior (903 mil euros em 2019), fechando o ano com 3,08 milhões de euros.
Na sua comunicação à “Lusa”, no dia 24/3, o actual Presidente, nem uma palavra disse sobre os trabalhadores, que em contexto da Covid-19, carregaram esta Empresa “às costas”, vestiram a “camisola” e fizeram um Serviço Público de Rádio e de Televisão de referência, levando a RTP a todos os Portugueses, incluindo os milhões na Diáspora.
Acresce que é o mesmo Presidente que dias depois de vir vangloriar-se por ter conseguido resultados robustos no ano de 2020, e “tecer loas” ao seu percurso dos últimos 6 anos na RTP, afirmara, dias antes, que “não era possível actualizar os salários em 2021”.
Com esta postu ra o CA cessante evidenciou que não se preocupou minimamente com asituação dos  , o activo mais valioso da RTP, mas que vive obcecado somentecom a sua própria imagem, o seu umbigo e com a obtenção de lucros a qualquer preço.
Como seria mais do que justo, parte destes lucros deveriam ser partilhados pelos trabalhadores que diariamente dão o seu melhor pela empresa,designadamente através de uma actualização salarial em 2021 e da resolução de tantos problemas pendentes.
O STT VAI CONTINUAR A EXIGIR AUMENTOS SALARIAIS EM 2021
Como oportunamente informámos, o STT apresentou ao CA da RTP em 31-12-2020, uma proposta de revisão parcial do AE, que incluía designadamente uma actualização da tabela salarial e demais matérias de natureza pecuniária e, além doutras melhorias, a atribuição de um segundo subsídio de refeição, sempre que a prestação diária de trabalho abranja 2 períodos de refeição.
Nos termos da lei, o CA tinha um prazo de 30 dias para responder e apresentar uma contraproposta mas não cumpriu e só em Março, após um conjunto de insistências, se dignou responder, por escrito, mas para recusar qualquer negociação.
Posição que é tanto mais lamentável por se tratar de uma empresa pública, do Sector Empresarial do Estado, que deveria dar o exemplo e promover a Contratação e a Negociação Colectiva e o diálogo com resultados.

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