O Ministro da Educação tem mantido um intolerável silêncio face às principais questões da Educação e tem rejeitado todo e qualquer tipo de diálogo com as organizações sindicais, recusando abrir processos negociais, que têm sido requeridos pela FENPROF, sobre aspetos tão importantes para os professores e educadores como são a carreira, o combate ao envelhecimento e, também, à precariedade ou as condições de trabalho, principalmente os horários de trabalho.

A esta atitude do ministro, de desrespeito por regras mínimas da democracia, que resulta num inaceitável bloqueio negocial, mesmo quando, nos termos da lei, esta teria de se realizar, acrescem a ausência de respostas às questões que são colocadas a responsáveis do ministério, algumas simples pedidos de esclarecimento. Significativa é, ainda, a forma desqualificada como a FENPROF tem sido recebida no Ministério da Educação, quando, na sequência de pedidos de audiência, aí se dirige, designadamente para entregar propostas ou outros documentos. Não só é negada a realização de qualquer audiência, como são os funcionários do atendimento geral que são mandados receber os documentos de natureza política dirigidos ao ministro ou a algum dos secretários de estado.

O sentimento entre os professores é que não há Ministro da Educação, ficando ainda a ideia de que, neste momento, a democracia e o respeito pelas organizações sindicais representativas bateu no fundo. Neste contexto e perante a inaceitável atitude de Tiago Brandão Rodrigues, a FENPROF exigiu ao titular da pasta da Educação que, até ao próximo dia 19 de outubro, seja marcada uma reunião na qual esteja presente. Nela pretende-se discutir o relacionamento do Ministério com as organizações sindicais e o desenvolvimento de processos negociais legalmente previstos ou iniciados, mas aos quais não foi dado desenvolvimento.

FONTE: FENPROF