Empresa do Grupo Sonae quer impossibilitar uma mãe trabalhadora de levar e buscar a sua filha de 4 anos à creche. A Sportzone ameaça com a rua uma trabalhadora residente na Póvoa Sta. Iria (funcionária da loja local), se esta não aceitar transferir-se para a loja de Torres Vedras.

Fonte: CESP

A trabalhadora, a prestar serviço na loja Sport Zone das Amoreiras e residente na Póvoa de Santa Iria (perto de Vila Franca de Xira), mãe de uma menina de 4 anos, cujo pai não vive com elas e se ausenta
frequentemente ao estrangeiro em trabalho, solicitou uma alteração do horário de trabalho de forma a poder chegar à creche onde a criança fica durante o dia até às 19 horas (horário de fecho do estabelecimento).

A empresa, não só recusou esse pedido como, passado pouco tempo, lhe comunicou que a partir de 9 de Junho passará a prestar serviço na Loja de Torres Vedras, isto é, a muito mais quilómetros de distância e sem transportes directos. Em alternativa foi-lhe apresentada uma proposta de rescisão do contrato de trabalho!

É assim que a Sport Zone e o grupo Sonae tratam os trabalhadores?

A alternativa que se coloca à trabalhadora é deixar a filha de 4 anos sozinha enquanto se desloca para e de Torres Vedras ou ficar sem posto de trabalho e, assim, sem condições para garantir a subsistência da criança e a sua própria.

Quando o CESP contactou a Direcção de Recursos Humanos da Sport Zone no sentido de analisar a possibilidade de ser encontrada outra solução, a resposta foi: que não há nada que a empresa possa fazer porque está a reduzir pessoal em muitas lojas devido à quebra das vendas …

Questionamos: será possível que a Sport Zone não tenha outra alternativa senão forçar ao desemprego uma mãe que vive sozinha com a filha de 4 anos, impondo-lhe um horário e uma deslocação que lhe impossibilita ir levar e buscar a criança à creche?

É assim que as empresas cumprem as normas nacionais e comunitárias que protegem os direitos das crianças e de parentalidade?

Exige-se que a empresa tome as medidas para resolver, com equilíbrio e justiça, esta situação dramática.


A Direcção Nacional do CESP
Lisboa, 4 de Junho de 2013