Numa posição absolutamente arrasadora contra a PACC, o Conselho Científico do Instituto da Avaliação Educativa (organismo responsável pela coordenação da aplicação da PACC) coincide em todas as críticas que os professores e a FENPROF têm dirigido contra o que a Federação classificou a iníqua Prova que nada prova. Ver parecer do Conselho Científico do IAVE

Para o Conselho Científico do IAVE, a Prova é aplicada porque o Ministério da Educação desconfia da qualidade da formação inicial (mas nada faz para evitar que a montante, sejam cometidos erros que uma prova, para ingresso na profissão, como é óbvio, não corrige) e chega a considerar que a PACC serve para o governo/MEC afastar professores da carreira.

Esta tomada de posição que soma às posições assumidas pela FENPROF e, nomeadamente, pela ARIPESE, é pois mais uma estrondosa derrota de Nuno Crato, bem como de todos quantos não se empenharam no combate à PACC.

Com mais este sério revés para Nuno Crato, que há muito implodiu como ministro, fica cada vez mais claro que vale a pena lutar, denunciar e agir por princípios correctos, medidas ajustadas e por um futuro educativo e para a profissão que o país e a escola pública merecem.

A FENPROF reitera a exigência de que o governo/MEC anule a fase prevista para fevereiro, na qual os docentes teriam, ainda, de realizar as componentes específicas de uma prova, já ferida de morte, e que com mais este parecer, sofreu nova estocada.

Para além dos aspetos de ordem conceptual e política abordados, agora, pelo conselho científico do IAVE, há, ainda, outras matérias de ordem sócio-profissional que constituem injustiças e irregularidades cometidas pelo MEC e que estão a causar graves problemas a milhares de docentes que, designadamente, foram excluídos da possibilidade de uma contratação no corrente ano lectivo, com eventuais consequências futuras, caso o MEC não recue na sua obstinada posição.

Fonte: FENPROF