A Direcção do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI), entidade patronal dos Serviços de Assistência-Médico ao Social (SAMS) Sul e Ilhas e um dos principais sindicatos da UGT, decidiu instalar um clima de perseguição vergonhosa de tipo pidesco, aos trabalhadores e aos delegados sindicais dos Sindicatos (CESP, SEP, SMZS, STSS, SFP e SIFAP), que têm denunciado as ilegalidades!

A ameaça já pairava há algum tempo, mas foi agora concretizada e verificada nos recibos de vencimento dos delegados sindicais do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) e do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), onde não constava o pagamento das horas de requisição sindical relativas ao mês de Janeiro.

Está há muitos anos consagrada no “Acordo de Empresa dos Enfermeiros” subscrito entre o SBSI e o SEP, uma Cláusula (que é idêntica nos outros AE), que garante aos delegados sindicais condições mais favoráveis do que as do Código do Trabalho, para exercerem a sua actividade sindical.

Para além de mais este incumprimento dos AE em vigor, há a acrescentar o não pagamento das actualizações salariais, devidas pela transição de Escalão ou Nível remuneratório a todos os trabalhadores filiados nestes Sindicatos, que têm assumido uma postura de denúncia e combate às irregularidades.

Os sindicalistas-patrões da Direcção do SBSI, para além da coacção e perseguição que estão a exercer sobre estes delegados sindicais, têm promovido a ameaça velada sobre os mais inconformados com as injustiças e inclusivamente, já decidiram suspender uma trabalhadora, por ter denunciado publicamente a exploração e a precariedade.

Vergonhoso exemplo das ilegalidades, dos sindicalistas-patrões que são também destacados dirigentes da UGT!

Com que legitimidade se arrogam, para virem publicamente defender os trabalhadores e neste caso, os trabalhadores bancários que representam?

Só por hipocrisia e falta de vergonha, estes sindicalistas da UGT, podem afirmar publicamente que defendem o Diálogo Social, a Contratação Colectiva, assim como dizem ter feito um acordo com o Governo, para impedir a Caducidade das Convenções Colectivas!

Esta não é a realidade que se constata, mas sim, a de uma vergonhosa e ilegal actuação, com o claro propósito de pretenderam calar a revolta e indignação dos trabalhadores ao seu serviço!

Os Sindicatos foram recebidos no passado dia 23 de Fevereiro, por um assessor do gabinete do Ministro do Trabalho (Dr. Tiago Preguiça), a quem entregaram uma Exposição e pedido de reunião ao Senhor Ministro, solicitando-lhe designadamente, que não dê deferimento aos requerimentos de Caducidade das Convenções Colectivas vigentes, que lhe foram apresentados em 14 de Novembro, pela Direcção do SBSI.

Decorrente da ausência de vontade negocial e da crescente promoção de irregularidades, pela entidade patronal, os trabalhadores já decidiram e anunciaram, que vão voltar à luta, com a realização de mais um dia de Greve e uma Manifestação, na 2.ª quinzena de Março, na defesa das suas convenções colectivas, pela liberdade de expressão e denúncia das ilegalidades, que estão a ser cometidas pela Direcção do SBSI.

- Sindicato Enfermeiros Portugueses (SEP);
- Sindicato Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP);
- Sindicato Médicos da Zona Sul (SMZS);
- Sindicato Nacional Técnicos Superiores de Saúde (STSS);
- Sindicato Nacional Profissionais Farmácia e Paramédicos (SIFAP);
- Sindicato Fisioterapeutas Portugueses (SFP).