textil 1A FESETE - Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Peles de Portugal e os seus sindicatos filiados vão realizar uma Concentração de dirigentes e delegados sindicais, no dia 8 de Março, em Guimarães, para exigir o Salário Mínimo de 600 euros, a humanização do trabalho e a dignificação das suas profissões do sector.

Contrariamente às afirmações públicas do patronato das Indústrias Têxteis, Vestuário e Calçado, ITVC, que apregoam o fim do modelo de baixos salários a esmagadora maioria dos/as trabalhadores/as da produção apenas têm nos últimos anos como retribuição base o Salário Mínimo Nacional com ligeiros acréscimos de um, dois ou três euros, num contexto económico onde as exportações, o volume de negócios, o valor Acrescentado Bruto, VAB, e a produtividade cresceram de forma significativa.

Nos últimos sete anos as desigualdades entre o capital e o trabalho nas ITVC aumentaram as injustiças sobre os trabalhadores, nomeadamente os da produção. Os resultados da negociação colectiva sectorial têm ficado aquém das possibilidades económicas dos sectores por imposição do patronato. A negociação com a ATP-Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, está bloqueada desde 2011 face à intenção desta associação patronal pretender cortar direitos sociais a exemplo do feriado de carnaval, nas férias, no trabalho suplementar e no trabalho nocturno.

Na Cordoaria e Redes as negociações estão bloqueadas pela associação patronal desde 2010. Nas restantes associações patronais as negociações salariais para 2018 estão em curso mas ainda longe da nossa justa reivindicação do Salário Mínimo de 600 euros e do subsídio de refeição de 4,00 euros/dia.

Neste quadro de aumento das desigualdades sobre os/as trabalhadores/as, da manutenção do modelo de baixos salários só resta à FESETE e aos seus Sindicatos filiados vir para a rua no dia 8 de Março para denunciar estas práticas patronais e apelar aos/às trabalhadores/as para que protestem e lutem pelo Salário Mínimo de 600 euros, pela humanização do trabalho e pela dignificação das suas profissões.

FONTE: FESETE - Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Peles de Portugal