Isto não é negociar. Nas últimas duas reuniões de negociações realizadas (no final de Outubro), não houve nenhuma evolução da posição da COMEX, pelo contrário entrincheiram-se no seu sectarismo e insistiram na desculpa da Pandemia, não deixando qualquer porta aberta para acordo, escondendo-se atrás do “papão” dos despedimentos em Portugal como consequência da COVID-19.

Comunicado da Frente Sindical da Altice:

NEGOCIAÇÃO DO ACT ALTICE PORTUGAL
ARROGÂNCIA E PREPOTÊNCIA DOS DONOS DA ALTICE E DA COMEX, CAMINHO PARA O NÃO ACORDO

Num Grupo empresarial multinacional de cariz financeiro como é a Altice, com 2 acionistas de referência, sendo que um deles é maioritário, não há decisões sem o aval desses “donos”. Como se sabe a COMEX da Altice Portugal é um mero instrumento de gestão que aplica sem pestanejar e sem questionar as orientações superiores.

O dito por não dito. O recuo, por imposição superior, no pagamento do prémio referente ao ano de 2019 a todos os trabalhadores (200 euros estavam garantidos, estávamos a tentar que fosse 300 euros para cada) e a recusa da possibilidade de qualquer aumento salariais em 2020 (em Janeiro já estava em cima da mesa 2 milhões de euros para aumentos), agrava as desconfianças e inviabiliza qualquer tentativa de acordo com os Sindicatos da Frente Sindical.

Isto não é negociar. Nas últimas 2 reuniões de negociações realizadas (no final de Outubro), não houve nenhuma evolução da posição da COMEX, pelo contrário entrincheiram-se no seu sectarismo e insistiram na desculpa da Pandemia, não deixando qualquer porta aberta para acordo, escondendo-se atrás do “papão” dos despedimentos em Portugal como consequência da COVID-19.

Brevemente a Altice Europa irá apresentar resultados dos primeiros 9 meses de 2020, pelo que veremos como serão os resultados da Altice Portugal. Pelos rumores, perece-nos que os resultados em Portugal serão POSITIVOS, e certamente a MEO vai alargar a liderança no negócio da TV por subscrição, deixando a NOS ainda mais para trás.

Muito claro. A Frente Sindical volta a afirmar que a existência de ganhos pecuniários para os trabalhadores é indispensável para o sucesso desta negociação.

É óbvio. Os trabalhadores são o ativo mais importante de qualquer empresa, os trabalhadores da Altice Portugal confirmam a regra, COMO TAL, a COMEX não pode, nem deve, mais uma vez, deixar de reconhecer e valorizar os trabalhadores, proporcionando-lhes aumentos reais no rendimento mensal disponível.

Firmeza. Neste processo negocial, a Frente Sindical, conseguiu impor que o resultado final não poderia ter qualquer perda de direitos para os trabalhadores, não poderia andar para trás, mas também teria de haver ganhos, ganhos que fossem justos e abrangentes.

Embora como resultado da negociação, se tenham obtido 16 melhorias, estas são melhorias limitadas e pouco abrangentes. Só beneficiam cerca de 10% dos trabalhadores abrangidos pelo ACT da Altice Portugal.

Para a Frente Sindical é ponto de honra que num Grupo líder em todos os segmentos de mercado haja melhorias abrangentes. A opção da COMEX, do quero, posso e mando e da política do facto consumado contradiz os principios da negociação.

PORQUE NÃO ACEITAMOS ANDAR PARA TRÁS, NEM ACEITAMOS FICAR ESTAGNADOS A

LUTA TERÁ QUE SER O CAMINHO.

PACOTE DE COMUNICAÇÕES PARA OS TRABALHADORES

NÃO ADMITIR OS ERROS É UMA ESTRATÉGIA QUE SAI CARO A QUALQUER GESTÃO

Como referimos anteriormente, as melhorias anunciadas como facto consumado para o Pacote de Comunicações dos trabalhadores foram insuficientes.

Na última proposta da Frente Sindical (apresentada em 22 de Julho) propusemos que deixasse de haver escalões em função do Total Pecuniário. Todos os trabalhadores ficavam com a mensalidade do escalão I e haveria ainda uma redução de 5 euros mensais nos valores existentes à data. Por teimosia, mantiveram os 3 escalões e só aceitaram a redução de 5 euros no 1º (no caso do 3P reduziram 4 euros para não ficar gratuito, reduziu para 0,99 euros)). Aceitaram a proposta de Frente Sindical de um desconto de 50% nos cartões móveis adicionais. Baixaram de 10 euros para 6.95 por mês (valor para os clientes é 13,90) e aplicaram por acto de gestão, como se fosse matéria não discutida na negociação.

Contudo, na atribuição de um telemóvel ou de um “voucher” de 300 euros (podendo ser substituído ao fim de 36 meses) para todos os trabalhadores que não tinham telemóvel de serviço, não só deram o dito pelo não dito, como criaram um descontentamento geral na FIELD FORCE, um desrespeito para quem tudo deu e dá na “linha da Frente” em condições de alto risco devido à COVID 19.

Aos técnicos que tem um PDA onde funciona a aplicação da gestão das atividades (CLICK), primeiro disseram-lhes que tinham direito ao voucher de 300 euros, depois disseram-lhes que já não tinham e por último, andaram a “espiolhar” os cartões adicionais na VPN, para lhes aplicarem um tarifário. Isto é, querem aplicar a quem tem PDA e um cartão na VPN o pagamento de uma mensalidade a partir do próximo dia 1 de Dezembro.

Dar o dito por não dito e desrespeitar quem trabalha, não pode ser uma opção de gestão! A 1ª decisão de dar o voucher aos trabalhdaores que têm PDA é a única solução justificável.

Alías, num contexto em que muitos trabalhadores estão em Teletrabalho (HOME@WORK) a pagar Comunicações, Agua e Luz para trabalhar, a Frente Sindical não desiste de tentar melhorar as condições do Pacote de Comunicações e exigir o tal voucher para quem tem CLICK/PDA.

DISPENSA DE ASSIDUIDADE POR ANTIGUIDADE

Neste processo negocial a Frente Sindical apresentou uma proposta de Diuturnidades para todos os que ainda as não têm, como forma de premiar a antiguidade dos trabalhadores na empresa.

A Gestão não aceitou, mas aceitou, neste primeiro comprometimento, compensar os trabalhadores com dias de dispensas de assiduidade em função da antiguidade. Compromisso aceite pelos Sindicatos da Frente Sindical, mas para incluir numa cláusula nova no ACT. A empresa não quer, quer sim no Protocolo (como se sabe em protocolo a existência é sempre limitada).

Mais grave. Agora, numa atitude propagandista, a gestão anunciou, de forma unilateral, que esta medida era implementada por acto e gestão, com efeitos a 1 de Janeiro de 2020, como se não tivesse sido consensualizada nas negociações.

Foi inclusive, enviado aos trabalhadores abrangidos por esta iniciativa em 2020 um e-mail do CCO.

Percebe-se perfeitamente o objectivo da COMEX de tentar diluir ao máximo o trabalho da Frente Sindical pela frente que esta lhe faz, mas não pega, os trabalhadores são inteligentes e percebem bem a estratégia

Só existe a dispensa de assiduidade por antiguidade porque a Frente Sindical apresentou proposta para o reconhecimento da permanência e compromisso dos trabalhadores à empresa.

A Frente Sindical não desiste e vai continuar a defender nas próximas negociações o alargamento das Diuturnidades a todos os trabalhadores abrangidos pelo ACT.

VOLTAR À ARROGÂNCIA E À PREPOTÊNCIA, AO QUERO, POSSO E MANDO DA COMEX, NÃO DEVE SER A

OPÇÃO. Não esquemos alguns factos dessa opção:

- Imposição do Subsídio de refeição através do Cartão Refeição;

- Cortes nas ajudas de custo;

- Passagem da Gestão da PT-ACS para a Multicare;

- Transmissão de Estabelecimento;

- Colocar trabalhadores sem funções ou em funções de menor qualificação;

- Por os trabalhadores a pagar parte do Pacote de Comunicações;

- Etc,etc,....

A FRENTE SINDICAL VAI CONTINUAR A REIVINDICAR NEGOCIAÇÕES SALARIAIS SÉRIAS E JUSTAS.

CASO NÃO HAJA RESPOSTA POSITIVA OS TRABALHADORES SABEM O CAMINHO PARA AS PICOAS.