Plenário de luta responde a instabilidade na SicmanNem a Sicman, nem a Siemens esclarecem a contratação de pessoal, em trabalho temporário, para funções, no Aeroporto Humberto Delgado, que os trabalhadores do quadro estão proibidos de desempenhar. O SIESI recorreu à ACT e marcou um plenário no exterior para quinta-feira, dia 29.

O plenário-concentração de trabalhadores da Sicman - empresa (ACE) do Grupo Siemens que responde pela operação e manutenção de tapetes de carga, descarga e transferência de bagagens nos aeroportos - está marcado para as 11h00, junto à saída do Metro no Aeroporto de Lisboa, e contará com a presença da secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha.

Sem explicação

O SIESI explica, em comunicado aos trabalhadores, que não se opõe à contratação de pessoal para a operação. Opõe-se sim, a que se desperdice as competências técnicas dos trabalhadores e que se contrate outros, por via de empresas de trabalho temporário, para prestarem serviços permanentes (especialmente quando se trata de trabalhadores que foram despedidos no ano passado).

Não se compreende como é que pode ser benéfico para a Sicman/Siemens o desperdício de competências técnicas e de conhecimentos que os seus trabalhadores adquiriram ao longo de anos de serviço.

A pretexto da pandemia e da quebra de parte do contrato com a ANA Aeroportos, a Sicman promoveu despedimentos no último semestre de 2020. Nessa altura, por via da luta, um conjunto de trabalhadores conseguiu impedir a empresa de os despedir.

Estes trabalhadores ficaram ao serviço da Sicman, mas as suas funções foram alteradas e passaram a fazer inspecções e verificações aos equipamentos, sem terem, no entanto, autorização para fazer a respectiva manutenção ou reparação, nem tão pouco para pegar em ferramentas.

Em reuniões com a Sicman, foi dada ao sindicato a garantia de que estes trabalhadores iriam sendo colocados nas funções anteriores, consoante as necessidades.

No entanto, recentemente, foram contratados trabalhadores para desempenhar as funções que estes estão proibidos de realizar.

Questionadas pelo SIESI, a Sicman afirmou que não tem nem teve nenhum processo de contratação e a Siemens diz que este é um tema da Sicman.

O sindicato apresentou um pedido de inspecção à Autoridade para as Condições do Trabalho.

FONTE: FIEQUIMETAL