Trabalhadores da Isidoro em plenárioRealizaram-se plenários no passado dia 20 de abril com os trabalhadores da Isidoro Montijo, Empresa do Grupo Montalva.

Apesar das muitas condicionantes colocadas pela empresa, o Stiac conseguiu a realização de plenários com cerca de 90 trabalhadores, onde foram discutidos diversos assuntos e problemas que se têm vindo a agravar. Desde o não pagamento do feriado da terça feira de carnaval como trabalho extraordinário; desde o congelamento do subsídio de refeição; desde os processos disciplinares instaurados pela empresa aos trabalhadores pelas mais diversas e caricatas situações; a alteração unilateral dos horários de trabalho; a indisponibilidade da empresa em reunir com o sindicato e aos diversos enganos nos recibos de vencimento que são sempre em prejuízo do trabalhador.

A empresa ISIDORO, desde a caducidade do CCT das Carnes (12 anos) nunca ajustou o subsídio de refeição. Foram feitos vários apelos por parte do Sindicato para este problema ao que a empresa sempre recusou a sua atualização. No entanto a Isidoro paga prémios por produtividade, assiduidade e rendimento, prémios que nem sempre são entendidos pelos trabalhadores pois nunca são estabelecidos objetivos versus valor e aos quais agora juntou um premio de 250 euros a quem não marcar férias no período do Verão.

Na opinião do STIAC (Sindicato Trabalhadores Indústria Alimentar) a Isidoro com estes prémios vai mantendo os trabalhadores sobre o seu domínio. Lembramos que os vencimentos praticados na empresa é o salário mínimo nacional.

Também os delegados e dirigentes sindicais são penalizados pela empresa cada vez que se ausentam para tarefas sindicais.

Não existe o método pedagógico e os processos disciplinares tornaram-se recorrentes.

O pagamento como trabalho extraordinário da terça-feira de carnaval é obrigatório pois a empresa sempre deu o dia aos trabalhadores mesmo depois da caducidade do CCT do setor.

Tudo isto tem vindo a piorar desde que os trabalhadores recusaram, em referendo realizado em outubro de 2020, o regime de Banco de Horas.

O STIAC já apelou á união dos trabalhadores, realçou a importância da luta e da manifestação de desagrado á empresa estando já a tentar mobilizar os trabalhadores para uma iniciativa em conjunto e dar início a um pedido de intervenção junto da ACT.

O STIAC continua sem um local próprio para afixação de informação sindical e recentemente foram retirados todos os comunicados existentes sem qualquer justificação.

Neste tempo difícil e exigente, os trabalhadores têm de persistir na luta em defesa dos seus direitos, por melhores salários e condições de trabalho e de vida para si e para as suas famílias. Apesar das tentativas de limitações dos direitos e liberdades sindicais, os trabalhadores e o seu sindicato assumem sempre a luta como determinante no combate à exploração.

É urgente romper com o modelo de baixos salários- Não aceitamos que com a justificação da epidemia a Empresa aproveite para desregular horários, alterar férias e chantagear e ameaçar os trabalhadores.

Fonte: STIAC