A Bosch CM em Braga, comunicou aos trabalhadores que irá recorrer ao lay-off por uma falta de matéria-prima, no caso semicondutores.

Depois de ter recorrido ao lay-off e de outras ferramentas legais de redução de actividade por motivo da pandemia da Covid-19, entendeu agora a Bosch recorrer ao lay-off (normal).

Ao longo do último ano foram já várias as ferramentas legais que a empresa procurou para suspender e reduzir a actividade, tornando-se já uma rotina o recurso às várias figuras de lay off prejudicando constantemente os trabalhadores.

O Sindicato compreende o impacto que a crise na escassez de semicondutores possa ter na Bosch Braga, no entanto, não pode ignorar o facto de mais uma vez os trabalhadores serem penalizados por algo que os ultrapassa.

Desde há muito que o Sindicato tem insistido junto da administração que a empresa tem condições de assegurar a totalidade dos salários e proteger os postos de trabalho, nomeadamente os trabalhadores com contratos a prazo.

Apesar de podermos assumir, que as propostas do sindicato não caíram em saco roto, pelo facto de a empresa assumir que não vai despedir e de garantir o pagamento das retribuições acima dos mínimos legais de 66% (ou 2 terços), entendemos que a Bosch teria condições de ir mais além na defesa dos seus trabalhadores.

O sindicato vai insistir para que a empresa assuma o pagamento de 100% das retribuições em período de lay-off, o pagamento do subsídio de alimentação em período de lay-off que, não sendo uma obrigação legal entendemos que é devido aos trabalhadores em dia de lay-off e a garantia de não haver despedimentos.

FONTE: SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS INDÚSTRIAS TRANSFORMADORAS, ENERGIA E ACTIVIDADES DO AMBIENTE DO NORTE