IMG 20210521 WA0014Os trabalhadores dos armazéns da Dia Minipreço em Vialonga, Torres Novas e Valongo, estiveram em greve na sexta-feira e no sábado, dias 21 e 22 de Maio de 2021, com muito elevada adessão, logo desde o primeiro dia.

Em Vialonga, onde os trabalhadores puderam contar com a presença e solidariedade da Secretária-Geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha, solidariedade essa extensível aos restantes trabalhadores em luta, registou-se 90% de adesão à greve. Em Torres Novas e Valongo 80%. Nalguns sectores, apenas as chefias se apresentaram ao serviço.

Estes elevados níveis de participação mostram bem o grau de descontentamento dos trabalhadores e a sua determinação em vencer esta luta.

O que nos trouxe até aqui?

Perante uma subida nas vendas de 7,6% em 2020, esperava-se que a Dia Portugal avançasse com o aumento dos salários de todos os trabalhadores, que permitissem uma vida digna a todos os que diariamente estão nas lojas e armazéns a produzir lucros para esta multinacional.

Tal não aconteceu.

A Dia Portugal continuou a sua política, dos últimos anos, de salários de miséria. Desde 1 de Janeiro de 2021, que mais de 80% dos trabalhadores da empresa, num universo de 3500, recebem salários entre os 665 e os 700 euros, muitos deles com carreiras entre os 10 e os 30 anos na empresa!

Os trabalhadores dos armazéns não aceitam mais este cenário em que empobrecem a trabalhar, na empresa que pratica os salários mais baixos do sector, e estão disponíveis para a luta, como demonstraram no 1º de Maio de 2021.

Por isso decidiram em plenários, nos 3 armazéns, realizar esta greve nos dias 21 e 22 de Maio, com piquetes que estarão às portas da empresa, com o objectivo claro de exigir o aumento dos salários, a valorização das carreiras e da antiguidade, contra as políticas discriminatórias da empresa!

Fonte: CESP