Denúncia na loja Pingo Doce do Centro Comercial Rainha em Oliveira de AzeméisO CESP estará amanhã, 6 de Julho, às 11h00, numa acção de denúncia em frente ao Pingo Doce do Centro Comercial Rainha, em Oliveira de Azeméis.

O CESP irá desenvolver por todo o país um conjunto de acções enquadradas na Jornada Nacional de Luta, convocada pela CGTP-IN.

Os trabalhadores do comércio e serviços não ficaram imunes ao contexto da pandemia. Um contexto marcado pelo aproveitamento de uma crise de saúde pública para se intensificar a exploração sobre quem trabalha, como se prova pelas centenas de denúncias chegadas ao CESP, que procura acompanhar e dar resposta aos diversos casos, conseguindo resolver muitas situações de incumprimento.

Urge combater esta nova ofensiva contra os trabalhadores, que tem a conivência do Governo. É preciso lutar em defesa dos postos de trabalho, pelo aumento dos salários, pela garantia de locais de trabalho seguros, contra a precariedade e a desregulação laboral, ainda mais inaceitáveis neste período singular da nossa vida.

Todos os dias nos deparamos com ataques imensos aos direitos dos trabalhadores, que estão exaustos e cada vez mais humilhados perante esta situação. A pandemia não pode valer como desculpa para este caminho, até porque ele está em curso há décadas.

A pressão e repressão perante os trabalhadores existia antes da pandemia, embora neste contexto tenha incidências muito maiores.

Na empresa Pingo Doce, não raras vezes obrigam os trabalhadores a “picar o ponto” na sua hora de saída e ficarem “presos” dentro das instalações, esperando que todos os colegas acabem as suas tarefas. Só depois de todos terem terminado, dão ordem para que todos possam sair.

Esta situação, para além de ser uma ilegalidade cometida sobre a vida de outros é uma forma que o Pingo Doce tem de colocar colegas contra colegas.

No Pingo Doce do Centro Comercial Rainha acontecia isto, até o CESP (Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal) tomar medidas no sentido de resolver.

Nesta empresa pratica-se uma outra ilegalidade, esta ainda não resolvida e que atrai muito mais lojas a fazê-lo. Os horários de trabalho, que devem ser entregues com 30 dias de antecedência aos trabalhadores, que são afixados muitas vezes fora deste prazo, sofrem alterações todos os dias.

Os trabalhadores nunca sabem a que horas entram ao serviço, nem a que horas saem! A vida pessoal e familiar dos trabalhadores pouco importa ao Pingo Doce, desde que estejam satisfeitas as necessidades da produção de lucros.

Respeito é o que se exige!

Os direitos não podem ser retirados!

FONTE: CESP