Acidente na A6 Acabar com o passa culpas e apoiar a família do trabalhador vitimadoPassadas que são quatro semanas sobre o trágico acidente rodoviário e de trabalho que vitimou o trabalhador Nuno Santos, da empresa Arquijardim, na A6, o processo arrasta-se e as respostas tardam, perante uma família enlutada e marcada pela dor.

Depois da fase do “passa-culpas” entre o Governo, a Brisa e a Arquijardim, verifica-se um “silêncio ensurdecedor” que indicia um procedimento moroso, burocrático e rotineiro do apuramento de responsabilidades.

Uma situação que importa combater dado que, se não é possível dar vida a quem nos deixou precocemente, é preciso que as entidades competentes, as empresas envolvidas e a companhia de seguros dêem celeridade às averiguações, identifiquem as causas do dramático acidente, garantam a subsistência da família do trabalhador e assumam o pagamento da indemnização que lhes é devida.

Mas não só. Este acidente recoloca na ordem do dia a importância do investimento das empresas na saúde e segurança no trabalho. Uma área que, lamentavelmente continua a ser vista por muitas entidades patronais como um custo e não como uma mais-valia na protecção dos trabalhadores e na produtividade das empresas.

Este é mais um caso em que um trabalhador encontrou a morte quando estava a trabalhar. Um caso onde “a culpa não pode morrer solteira”.

Neste contexto, a FEVICCOM já solicitou reuniões às Administrações da BRISA, da ARQUIJARDIM e requereu a intervenção activa da ACT.

Fonte: FEVICCOM

Foto: Pedro Ribeiro Simões