A forte participação dos trabalhadores no plenário geral de 27 de janeiro, obrigou o C.A. a dar resposta a um conjunto de reivindicações do STRUP/FECTRANS, tais como:

1° O compromisso do pagamento dos proporcionais a todos os trabalhadores a partir de 2017, data da municipalização da Carris. É um primeiro passo que não dispensa, antes exige, o pagamento relativo aos anos anteriores, até porque a empresa integrava o setor empresarial do Estado. Neste sentido exigimos que a Carris, a CML e o governo (enquanto representante do Estado) paguem aquilo que devem aos trabalhadores, antes do processo da municipalização.

2° A responsabilidade da empresa em suportar os custos da renovação da carta de condução.

3° A adequação do AE à lei, do direito à dispensa para amamentação durante todo o tempo em que esta durar.

4° a aceitação do princípio de que na escolha dos serviços dos grupos no tráfego, estes não fiquem com vagas por preencher, de forma a acabar com a política de “filhos e enteados”. Para o efeito o C.A. ficou de apresentar uma proposta que consagre este princípio.

Para além destas questões, o C.A. assumiu que:

- No caso de haver sintomas adversos em resultado da vacinação contra a “covid”, o dia serájustificado e abonado aos trabalhadores da Carris, CarrisBus e Carristur;

- Irá analisar a nossa proposta quanto às rendições durante o período diário de trabalho, dos trabalhadores do tráfego, de forma a que ocorram o mais perto possível das Estações.

Quanto aos salários, o C.A. tentou passar pelos “pingos da chuva”, como se não fosse uma questão central neste processo negocial. Para nós o aumento dos salários, adquire uma importância ainda maior, no momento em que a inflação aumenta e é necessário descolar o salário base dos trabalhadores da Carris, do salário mínimo nacional.

Um objetivo estratégico pelo qual continuaremos a lutar, em simultâneo com a exigência da
redução progressiva do horário de trabalho para as 35 horas, atribuição do passe para a área
metropolitana de Lisboa e outras reivindicações constantes da nossa proposta de revisão do AE.

A realização do plenário geral confirmou que é possível romper com o medo e o marasmo, demonstrar a nossa indignação e defender a nossa dignidade.

O tempo que vivemos exige que rechacemos chantagens e nos unamos, para dar força à luta por melhores condições de vida e de trabalho.

Para nós, os trabalhadores serão sempre os protagonistas deste processo, pelo que voltarão a ter a palavra num plenário a realizar oportunamente!