Misericordias FederacaoTRABALHADORES DA UMP E DAS MISERICÓRDIAS EM LUTA

GREVE NACIONAL

COM CONCENTRAÇÃO NO CAMPO PEQUENO

LISBOA, 4 DE MARÇO, 15:00 HORAS

A FNSTFPS, não aceita que os trabalhadores das Misericórdias, estejam sujeitos a uma crescente e constante desvalorização salarial, como a que se tem verificado. Assim, tem vindo sucessivamente a avançar com processos de conciliação na DGERT, com o objectivo de negociar tabelas remuneratórias e outras matérias pecuniárias. Negociações que têm sido infrutíferas e sem qualquer resultado para os trabalhadores.

Desde 2015/2016, que os trabalhadores da UMP e das Misericórdias não vêem os seus salários actualizados e o seu trabalho valorizado. Anualmente as propostas apresentadas pela FNSTFPS são liminarmente recusadas, sempre com a alegação de que os aumentos salariais ou de outras matérias pecuniárias colocam em risco a sustentabilidade das instituições.

Sob a capa da inevitabilidade e dos custos, as Misericórdias têm sistematicamente encaixados nos seus cofres os aumentos anuais das comparticipações do Estado através dos acordos de cooperação. Que nos últimos anos tiveram aumentos na ordem dos 3,5%, sendo que entre 2019 e 2021 as instituições do sector social tiveram apoios financeiros na ordem dos 11% mais que nos anos anteriores, valores que nunca revertem para os trabalhadores.

Os trabalhadores das Misericórdias, são o elemento estruturante e central da actividade desenvolvida por estas instituições. Não podemos continuar a assistir a uma campanha pública de “palmadinhas nas costas” e de “glorificação” destes trabalhadores quando na prática os patrões fecham os “cordões à bolsa” negando actualizações salariais e a valorização do trabalho.

Estes trabalhadores não podem continuar a ser sujeitos à anulação deliberada das suas competências profissionais, dos anos de profissão e do seu percurso profissional, como o que está a ser feito, quando se lhes nega sistemática e anualmente a valorização salarial a que têm direito por via da contratação colectiva.

A política de baixos salários colocada em prática pelos sucessivos Governos e pelas Misericórdias, tem como resultado que mais de metade da tabela remuneratória nas Misericórdias, tenha vindo progressivamente a ser absorvida pelo Salário Mínimo Nacional, colocando no mesmo patamar remuneratório milhares de trabalhadores, sem ter em consideração a antiguidade, a especificidade e competências profissionais.

Esta degradação dos salários agrava-se no presente, com aumento dos preços dos bens essenciais que acarreta uma redução ainda maior do rendimento do trabalho no sector.

Perante a recusa sistemática de aumentos salariais, os trabalhadores das Misericórdias dizem, BASTA DE BAIXOS SALÁRIOS! BASTA DE EXPLORAÇÃO!

Os Trabalhadores da UMP e das Misericórdias estão em LUTA e exigem:

- AUMENTOS SALARIAIS E SALÁRIOS DIGNOS!

- VALORIZAÇÃO DO TRABALHO E TRABALHO COM DIREITOS!

- MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO!

- CUMPRIMENTO DO IRCT EM VIGOR!

A LUTA É O CAMINHO!

GREVE NACIONAL

COM CONCENTRAÇÃO NO CAMPO PEQUENO

LISBOA, 4 DE MARÇO, 15:00 HORAS

Fonte: FNSTFPS