1024px Misericórdia de Viana do Castelo e ChafarizNo próximo dia 22, pelas 11.30 horas, o Sindicato do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal, promove uma jornada de luta, com Greve e Concentração na Praça da República em Viana do Castelo, dos trabalhadores das Misericórdias do Distrito em protesto pela não aplicação aos trabalhadores do Contrato Colectivo de Trabalho da CNIS (Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade) que lhes garante direitos injustamente retirados há mais de uma década, nomeadamente o direito a receber diuturnidades de 5 em 5 anos, direito a 25 dias de férias e compensação a 100% do trabalho prestado em feriado.

Estes trabalhadores, tão elogiados durante a pandemia, mas que infelizmente não tiveram qualquer reconhecimento, exigem agora a valorização que lhes é devida.

As Misericórdias do Distrito, através do seu Secretariado Regional, em acção concertada, pretendem agora, de modo enganoso, aplicar medidas avulsas retiradas de vários acordos para o sector, em todo mais desfavoráveis do que a aplicação do CCT das IPSS,s com a CNIS, fazendo tábua rasa do direito a trabalho igual, salário igual, continuando a promover a desigualdade e discriminação entre trabalhadores do sector social.

Os Provedores das Santas Casas do Distrito de Viana do Castelo, apesar de alertados um a um, por este Sindicato para a necessidade da aplicação e consequentes atualizações salariais e obrigações decorrentes da mesma, procuram por todos os meios uma válvula de escape para o não cumprimento, demonstrando assim a sua falta de respeito e valorização por aqueles trabalhadores que no dia a dia dão o seu melhor, na maioria das situações sem as condições mínimas para desenvolver um trabalho de qualidade e de respeito pelos utentes.

Estes trabalhadores sentem-se defraudados, seja pela falta de respeito por parte das suas entidades empregadoras, seja pela falta de fiscalização e acção por parte das entidades competentes - Autoridade para as condições de trabalho ACT e Segurança Social, que financia sem verificar o cumprimento das obrigações, nomeadamente nos rácios de trabalhador por utente e categorias profissionais.

FONTE:CESP