Representantes dos milhares de trabalhadores das empresas da indústria automóvel foram à sede da ACAP, a maior associação patronal do sector, exigir a conclusão das negociações do contrato colectivo de trabalho (vertical), respondendo às justas reivindicações e respeitando direitos e garantias.
2.6.2025
«Seriedade na negociação do CCTV, com valorização do trabalho e dos trabalhadores» é o que se exige na Resolução aprovada durante a concentração que teve lugar na sexta-feira, ao fim da manhã, antecedida de um desfile simbólico, em manifestação.
Nesta acção de luta participaram dirigentes e delegados sindicais que representam trabalhadores das principais empresas do sector automóvel nacional, com a presença solidária do secretário-geral da CGTP-IN, Tiago Oliveira.
As negociações do contrato duram há mais de dez anos, com quase seis dezenas de reuniões. As 32 300 empresas registam uma facturação anual superior a 27 900 milhões de euros. Têm todas as condições para satisfazer as reivindicações dos trabalhadores.
As associações patronais devem responder positivamente às propostas apresentadas pela Fiequimetal, tais como:
• Aumento dos salários em valor nunca inferior a 150 euros por trabalhador e por mês;
• Actualização dos salários de entrada nas empresas do sector para valor nunca inferior a mil euros por trabalhador e por mês;
• Redução progressiva dos horários semanais de trabalho, com o objectivo de atingir o máximo de 35 horas.
Devem adoptar uma postura séria nas negociações, nomeadamente, abandonando as suas propostas sobre duração e organização do tempo de trabalho. Tais posições patronais põem em causa a saúde e segurança dos trabalhadores e dificultam ou impossibilitam a conciliação da actividade laboral com a vida pessoal, familiar e social dos trabalhadores.