Os trabalhadores das lojas e centros de contacto da EDP fizeram greve no dia 7 de Julho, dando continuidade à luta em defesa dos seus direitos e por melhores condições de vida e de trabalho. Ficou decidido voltar a fazer greve nas primeiras segundas-feiras de cada mês, até Novembro.

 presente situação — que é, económica e socialmente, insustentável, como se refere numa nota do SITE Norte à comunicação social — resulta da fragilização dos direitos dos trabalhadores, desenvolvida de forma persistente e sustentada, ao longo dos anos, com recurso a sucessivas alterações da legislação laboral, e também pela generalização da utilização de contratação externa (outsourcing).

Os trabalhadores têm mais mês que salário e trabalham mais horas e mais anos que nos países vizinhos. Muitos estão sujeitos a vínculos precários, ainda que ocupando postos de trabalho permanentes, e têm horários cada vez mais desregulados.

Defendendo que é preciso valorizar e dignificar o seu trabalho, com melhores salários e melhores condições laborais, os trabalhadores e os sindicatos da Fiequimetal destacaram, como objectivos da greve:

— aumento geral dos salários, subsídio de refeição e outros direitos, equiparando-os aos praticados pelas empresas que recorrem à externalização de operações essenciais para a sua actividade;
— fim da pressão sobre os postos de trabalho, para vendas por objectivos, tempos de atendimento, etc.;
— fim da precariedade e garantia de emprego com direitos;
— fim dos despedimentos;
— qualidade de serviço e condições de trabalho.

No Porto, a greve foi marcada com vários momentos de luta, junto das empresas prestadoras de serviço (Randstad, Manpower e Synchro By Egor), terminando junto da EDP, na Boavista (Rua Ofélia Diogo da Costa). Nesta jornada participou o coordenador da Fiequimetal, Rogério Silva.

Fonte: FIEQUIMETAL