PROFUNDO DESCONTENTAMENTO COM A POLÍTICA DE EMPOBRECIMENTO
Governo tem mesmo de responder positivamente às justas reivindicações dos trabalhadores
A elevada adesão à Greve Nacional da Administração Pública, convocada pela Frente Comum, que continuou a fazer-se sentir esta manhã, afectando grandemente muitos serviços municipais, demonstra a forte mobilização, unidade e determinação dos trabalhadores em prosseguir a luta em defesa dos seus direitos e pela sua valorização salarial e profissional.
Na generalidade das autarquias e empresas municipais – como juntas de Freguesia, estaleiros, oficinas, serviços de água e saneamento, escolas, jardins de infância, transportes colectivos urbanos de passageiros, piscinas, fiscalização, bibliotecas, sectores operacionais, tesourarias e serviços de atendimento e administrativos – a greve levou ao encerramento de muitos deles.
Os dados conhecidos da Administração Local até ao momento reflectem a grande disponibilidade para a luta e o profundo descontentamento dos trabalhadores face à ausência de resposta efectiva do governo PSD-CDS aos seus problemas e às suas exigências, nomeadamente:
• Aumento não inferior a 15% (mín. 150 € para todos);
• Base remuneratória de 1050 € na Administração Pública;
• Subsídio de refeição de 12 €;
• Correcção real e justa da Tabela Salarial/TRU;
• Reposição do vínculo de nomeação a todos os trabalhadores, acabando com a precariedade e defendendo os Serviços Públicos;
• Valorização de todas as carreiras e profissões;
• Revogação do SIADAP e, até lá, a eliminação das quotas e a progressão com 4 pontos;
• Reforço dos Serviços Públicos e das Funções Sociais do Estado.
A LUTA CONTINUA JÁ EM 8 DE NOVEMBRO!
O ano de 2026 será mais um em que o poder de compra dos trabalhadores da Administração Pública – e em particular os da Administração Local, em que os salários são mais baixos – se degrada significativamente, respondendo o governo PSD-CDS, com os “bolsos cheios” da receita fiscal (superou os 39 mil milhões de euros até Agosto, +8,7%), às dificuldades dos trabalhadores com uma actualização salarial de 2,15%, valor muito aquém do necessário para repor o poder de compra perdido desde 2009 e para fazer face ao agravamento do custo de vida.
A política de direita que o Governo pratica – e que conta com o apoio do Chega e da Iniciativa Liberal, e a conivência e/ou apoio do PS – agrava o empobrecimento da generalidade dos trabalhadores, e da população em geral, isto num quadro em que o País (segundo o INE) registou um excedente orçamental de 1% do PIB no 1.º semestre do ano, sendo que, só no 2.º trimestre, o saldo positivo foi de 1.412 milhões de euros!
Com a reforço da luta dos trabalhadores será possível reverter este rumo. E a luta prossegue já no dia 8 de Novembro, com a “Marcha Nacional contra o Pacote Laboral”, convocada pela CGTP-IN para Lisboa, para lutar contra as propostas de alteração da legislação laboral apresentadas pelo Governo, que representam um autêntico “assalto” aos direitos dos trabalhadores, e visam satisfazer os patrões, que desejam ter ao seu serviço trabalhadores descartáveis e com salários de miséria.
A Direcção Nacional do STAL saúda calorosamente todos os trabalhadores pela forte adesão a esta greve e apela à participação na jornada de luta convergente do próximo dia 8, em Lisboa.
Dados de adesão em actualização permanente na página do STAL: http://www.stal.pt/dadosdagreve
