GREVE 24 OUTUBRO

Uma grande resposta dos trabalhadores da Educação na Greve Nacional da Administração Pública

Os trabalhadores da Administração Pública deram hoje uma grande resposta ao governo, exigindo a adoção de políticas que garantam a reversão do caminho de destruição dos serviços públicos, com especial destaque na degradação progressiva das funções sociais do Estado.

Uma resposta dirigida também à desvalorização dos trabalhadores e das suas carreiras profissionais, assim como em relação à proposta de revisão dos salários e a estratégia de contração do investimento neste setor estratégico nacional.

No setor da Educação, o encerramento de escolas por todo o país, reflete, também, o generalizado descontentamento dos trabalhadores docentes e não docentes. Os dados conhecidos apontam para uma significativa adesão dos docentes à greve, com especial destaque para os professores do 1.º ciclo do ensino básico, mas também de muitos milhares de docentes dos outros níveis de educação e de ensino, havendo registos de escolas com níveis elevadíssimos de adesão. Ainda assim, a inexistência de aulas e o fecho de muitas escolas tornam difícil quantificar com precisão a adesão, sendo imensos os dados que continuam a chegar com a indicação de escolas e jardins de infância sem atividades letivas.

Durante esta semana de plenários docentes por todo o país, ficou evidente uma classe mobilizada, consciente da necessidade de agir pela dignificação e valorização da carreira.

A resposta hoje dada traduz-se na recusa:

- de políticas que ameaçam a qualidade, equidade e universalidade do ensino público;

- do desmantelamento da Escola Pública promovido pela chamada “Reforma” do MECI

- da mercantilização do sistema educativo, com contratos de associação que prejudicam a expansão da rede pública;

- de estratégias que aprofundam desigualdades territoriais e retiram ao Estado a responsabilidade pela coesão educativa.

Como tem afirmado, será com a luta que forçaremos a tomada de medidas que garantam as necessárias condições de trabalho e de vida para docentes e não docentes, assim como será a luta que obrigará o governo a investir significativamente num setor que continua a pesar no Orçamento do Estado apenas 2,9% do PIB, quando as recomendações internacionais são de que tenda a aproximar-se dos 6% do PIB.

Fonte: FENPROF

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