Em dois anos de Governo PSD/CDS tivemos mais 238 milhares de desempregados. A taxa de desemprego situa-se nos 17,6%, a terceira mais elevada de toda a União Europeia. Segundo a estimativa do Eurostat existiam, em Maio de 2013, 932 mil desempregados, quando, em Maio de 2011, não atingiam os 700 mil e a taxa de desemprego era de 12,6%.

Na verdade o número real de desempregados e subempregados é de cerca de 1 milhão e meio, se se tiver em conta os inactivos disponíveis e indisponíveis e os subempregados a tempo parcial.

Entre os jovens, a taxa de desemprego passou dos 29,1% em Maio de 2011 para 42,1% em Maio do ano corrente, atingindo o quarto valor mais alto da UE.

Verificou-se uma ligeira diminuição da taxa de desemprego em relação ao mês anterior, o que é habitual nesta altura do ano devido ao crescimento das actividades sazonais. Porém a emigração e a ocupação dos desempregados em medidas activas de emprego e formação terão, também, que ser consideradas como explicação para esta variação.

De facto, a emigração de desempregados, principalmente de jovens, que procuram melhores condições de vida e de trabalho noutros países tem-se manifestado e dado a ter em consideração, bem como, o recurso, cada vez maior, dos desempregados, a medidas do IEFP que têm servido de almofada social ocultando o aumento do desemprego, assim se constatou aquando da divulgação dos dados do desemprego registado em Maio de 2013 pelo IEFP.

Acrescente-se que este altíssimo nível de desemprego tem causas e responsáveis. O Governo que está a empreender uma política desastrosa de destruição da nossa economia, aplicando de forma agravada o já de si destrutivo Memorando da Troica que o anterior Governo PS assinou, tem ampla responsabilidade, assim como o patronato que tem vindo a aproveitar as medidas deste Governo PSD/CDS para aumentar ainda mais a exploração dos trabalhadores.

A Greve geral de 27 de Junho de 2013 demonstrou que os trabalhadores rejeitam estas políticas, querem romper com o programa de agressão e com a política de direita, que querem a queda do Governo e eleições antecipadas para pôr Portugal a produzir e a criar emprego digno de qualidade.