Estamos confrontados com três crises de carácter ecológico que põem em causa o desenvolvimento sustentável, designadamente: as emissões de carbono que provocam o aquecimento global; a perda acentuada da biodiversidade; a persistência desta crise económica com as graves repercussões na qualidade de emprego, na precariedade, assim como no aumento do desemprego e no crescimento da pobreza.

 

 

É URGENTE, UM DESENVOLVIMENTO VERDE

 

 

Dentro de semanas o mundo estará com os olhos postos em Copenhaga, onde se procura sensibilizar governos e dialogar soluções que encontrem os meios e mobilizem as consciências para o combate ao aquecimento da terra e a uma efectiva redução das emissões de carbono.

A CGTP-IN tem no seu programa contribuir para o combate ao aquecimento global lutando para que haja uma redução efectiva de emissões de gases com efeito de estufa. Todos sabemos que pela sua envolvente é uma tarefa muito difícil no plano nacional e internacional, sendo mesmo a mais complexa dos últimos decénios.

A CGTP-IN tem participado em várias reuniões a convite da CES, para analisar e discutir esta situação problemática, expressa em documentos públicos com impactos presentes e futuros nas consequências para a sustentabilidade do planeta e da vida social. Também tem tomado posições de pressão junto de entidades internacionais responsáveis a partir das preocupações dos sindicatos.

Estamos confrontados com três crises de carácter ecológico que põem em causa o desenvolvimento sustentável, designadamente: as emissões de carbono que provocam o aquecimento global; a perda acentuada da biodiversidade; a persistência desta crise económica com as graves repercussões na qualidade de emprego na precariedade, assim como no aumento do desemprego e no crescimento da pobreza.

Os aumentos das assimetrias mundiais na distribuição da riqueza e no desenvolvimento coloca questões que urgem ser respondidas rapidamente, para isso é necessário encontrarem-se soluções viáveis e justas para todos os povos. Há que fazer mudanças planeadas nestas três principais frentes de combate, que é para já o maior desafio a vencer.

As energias maioritariamente usadas são as principais culpadas da presente situação nos efeitos de estufa sendo, por isso, necessário colocar na ordem do dia devendo-se efectuar mudanças urgentes que não aumentem o desemprego. Para isso tem que se procurar aumentar a eficiência energética que pesa sobre alguns sectores altamente consumidores que necessitam de modernização. Aqui as renováveis constituem uma excelente oportunidade para que os governos e as empresas de todos os países aproveitem e apostem prioritariamente na sua modernização compatível com o ambiente e o emprego.

È preciso estimular o papel dos sindicatos enquanto catalizadores para as mudanças necessárias na defesa da vida humana, animal e vegetal, assim como da protecção na biodiversidade e das matérias-primas principalmente aquelas que são esgotáveis protegendo assim melhor o futuro dos trabalhadores.

Exigir soluções estáveis de desenvolvimento sustentável e humanizado nomeadamente e através de medidas mais eficientes no consumo de energia na criação de novos empregos de carácter verde, novas práticas com formação adequada. Cumprir respeitando os direitos de todas as normas já aprovadas sobre a redução do envio de carbono para a atmosfera e as medidas socialmente justas de harmonizar o desenvolvimento com os direitos de biodiversidade e humanos.