Nos dias 6 e 9 de Agosto passaram 71 anos desde o bombardeamento nuclear pelos Estados Unidos da América contra as populações das cidades japonesas de Hiroxima e Nagasaki.

Ao recordar a data deste brutal massacre, a CGTP-IN não pode deixar de referir que o bombardeamento dos EUA sobre o Japão constituiu um dos maiores genocídios contra a humanidade, com mais de 250 mil mortos no imediato e muitos outros milhares de pessoas vitimadas pelo cancro e que vieram a morrer nas décadas seguintes.

A CGTP-IN associa-se a todos os que lutam para que calamidades desta natureza não voltem a ocorrer. O arsenal de armas nucleares hoje existente é bem maior e mais destrutivo. A utilização deste tipo de armas significaria seguramente a destruição da própria espécie humana e da civilização no nosso planeta.

Entretanto, à ameaça nuclear somam-se outras ameaças político – militares, com um número crescente de guerras, invasões, ocupações, ingerências e bloqueios, de índole imperialista, que visam subjugar países e povos a uma ordem internacional em que pontifica o poderio militar da NATO e dos EUA e a tentativa do domínio geoestratégico de várias regiões, acompanhada do ataque à soberania dos países e do saque dos recursos naturais dos povos.

Esta é uma época em que os trabalhadores e os povos se confrontam com a regressão das suas condições de vida, com o desemprego, a precariedade, a pobreza, a exclusão social, a doença e a fome. Entretanto, as despesas militares mundiais têm aumentado, em Portugal canalizam-se recursos humanos e financeiros para a NATO que podiam ser canalizados para a melhoria de vida das populações e dos trabalhadores.

A política da União Europeia tem sido parte estruturante na intervenção militar da NATO em diversos Países, e tem previstos, por via do Tratado Europeu, o avanço na política comum de segurança e a subordinação à NATO, confirmando a dimensão militarista do actual "Projecto Europeu".

A NATO tem, nos últimos anos, promovido a instalação de novas bases militares um pouco por todo o mundo mas em especial pela Europa e constrói hoje um escudo Antimíssil junto à fronteira Russa que tem servido para promover as tensões e a insegurança.

A existência da NATO não tem justificação. A participação de Portugal neste bloco militar é contrária aos interesses do povo português e viola os princípios expressos na Constituição da República Portuguesa, designadamente, o preceituado no seu Artigo 7, nº 2, pelo que a CGTP-IN defende a dissolução daquele bloco político-militar.